Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Se você tem se sentido meio atordoado com a turbulência diária no mercado de ações norte-americano, não está imaginando coisas. Essas reversões, parciais ou totais, tornaram-se mais pronunciadas nos últimos dois anos, com uma inflexão geralmente ocorrendo por volta das 13h, de acordo com um novo estudo do JPMorgan.
A culpa é da baixa liquidez, que torna mais difícil para os formadores de mercado equilibrarem as carteiras de negociação, explicam estrategistas do JPMorgan.
De acordo com a instituição, as condições de liquidez por volta das 13h em Nova York nos últimos dois anos caíram 40% - um pano de fundo que favorece reversões nesse horário.
Seja qual for a causa, esse constante sobe-e-desce é um acontecimento desagradável para os investidores neste ano exaustivo e se mostra especialmente desafiador para os que seguem tendências de curto prazo.
➡ Leia a matéria completa: Por que ficou arriscado sair para almoçar se você negocia ações nos EUA

Na trilha dos Mercados
O mercado segue firme no propósito de reunir pistas para saber se a maior economia do mundo será capaz de se esquivar de uma recessão. Por isso, hoje ficará bem atento aos dados sobre emprego nos Estados Unidos.
Depois de quatro dias com as bolsas em alta, os investidores também aproveitam a manhã para embolsar parte dos ganhos recentes. Mas as bolsas - assim como os demais ativos - estão muito vulneráveis ao noticiário, em um momento de incerteza macroeconômica, rebalanceamento de carteiras e de início da temporada de balanços.
🔴 Más notícias no Japão. Na Ásia, a alta das bolsas foi reprimida pela notícia do assassinato do ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe, de 67 anos. Ele morreu após ser atingido com dois tiros nas costas durante um evento político. Abe foi o primeiro-ministro mais antigo do Japão e uma figura de grande influência no país. Uma pessoa foi detida. O ataque chocou uma nação onde a violência política e as armas são raras.
Antes do tiroteio, a possibilidade de uma injeção de 1,5 trilhão de yuans (US$ 220 bilhões) na economia chinesa, principalmente para infraestrutura, tinha levantado os ânimos dos operadores.
🌡️ Qual a temperatura da economia? Já nos demais mercados, que no início da manhã pareciam pouco convencidos em tomar uma direção, o movimento é de queda generalizada. Os dados sobre o emprego nos EUA podem ajudar a definir o rumo das bolsas, mas ultimamente os mesmos indicadores servem para respaldar argumentos otimistas ou pessimistas.
🔥 Lenha na fogueira. A comprovação de um mercado de trabalho ainda pujante dará combustível à ala do Federal Reserve (Fed) que advoga por um aumento dos juros mais pronunciados para segurar a inflação. Ontem, Christopher Waller e James Bullard, do Fed, apoiaram um aumento de 0,75 ponto percentual do juro norte-americano, ao mesmo tempo em que tentaram amenizar os temores de que a economia dos EUA esteja rumo a uma recessão.

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+1,12%), S&P 500 (+1,50%), Nasdaq Composite (+2,28%), Stoxx 600 (+1,88%), Ibovespa (+2,04%)
As bolsas dos EUA estenderam sua alta e o S&P 500 teve seu quarto dia consecutivo de ganhos. Os investidores continuam a pesar se uma recessão está ou não por vir, após uma série de dados apontar para um consumo ainda forte, apesar da inflação. Um desses dados é o gasto com cartões de crédito e débito, que aumentou 11% em junho em relação ao ano anterior, de acordo com o Bank of America.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Relatório de Emprego (Payroll)/Jun
• Europa: Zona do Euro (Projeções Econômicas); França (Balança Comercial/Mai, Transações Correntes/Mai); Itália (Produção Industrial/Mai), Estoques e Vendas no Atacado
• Ásia: Japão (Índice Economy Watchers/Jun); China (IPC/Jun)
• América Latina: Brasil (IPCA/Jun),Vendas de Veículos/Jun); Chile (IPC/Jun); Colômbia (Valor econômico do Trabalho Doméstico/2021)
• Bancos centrais: Pronunciamentos de Christine Lagarde (presidente do BCE), Sam Woods (vice-presidente do BoE) e John Williams (Fed/FOMC)
Destaques da Bloomberg Línea
• Ex-primeiro-ministro do Japão morre após ser baleado durante discurso
• Telecom Italia, controladora da TIM Brasil, anuncia corte de 9 mil vagas
• China avalia liberar pacote sem precedentes de estímulo para acelerar economia
• Acordo de Musk pelo Twitter pode estar em risco por questão de bots
• Shell tem ganho de US$ 1 bilhão em refino com preços recordes de combustível
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• Também é importante: • Itaú BBA vê oportunidade em ações de shoppings e destaca favoritas • Boris Johnson renuncia: os favoritos no mercado para liderar o Reino Unido • Rajeev Misra, chefe do Vision Fund e de fundos LatAm, deixa cargo no SoftBank • BNDES não deve favorecer ‘campeãs nacionais’ se Lula ganhar, dizem fontes
• Opinião Bloomberg: Os mercados britânicos estão corretíssimos em ignorar a política
• Pra não ficar de fora: Musk terá 9º filho: ‘Fazendo meu melhor para ajudar a crise de subpopulação’