Bloomberg — O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertou que o país pode enfrentar distúrbios pós-eleitorais piores do que os vistos no Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, quando os apoiadores de Donald Trump atacaram o Congresso em uma tentativa de reverter sua derrota na votação de 2020.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin pediu nesta quarta-feira (6) que a sociedade civil e as instituições do país deem suporte às autoridades eleitorais nos resultados das eleições de outubro, que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como favorito nas pesquisas.
“Dizem no Brasil que podemos ter um episódio ainda pior do que 6 de janeiro aqui”, disse Fachin, que também preside TSE, em palestra no Wilson Center em Washington, DC, nos EUA.
Ele listou uma série de medidas para evitar que o mesmo aconteça no Brasil. “O judiciário do Brasil não vai se curvar a ninguém”, disse ele.
O presidente Jair Bolsonaro questionou repetidamente a confiabilidade das urnas eletrônicas, alegando sem provas que sua própria eleição em 2018 foi fraudada contra ele, pois ele deveria ter vencido no primeiro turno. Ele disse que os brasileiros deveriam possuir armas para proteger a si mesmos e ao seu país. Bolsonaro também disse que quer que as Forças Armadas “supervisionem” o processo de votação em outubro.
Fachin disse que se as Forças Armadas forem acionadas, será para defender as instituições do país, “não o contrário”.
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