Breakfast

As ações queridinhas dos analistas para julho

Também no Breakfast: Mercados voltam do feriado nos EUA hesitantes; Longa, moderada e dolorosa: como será a próxima recessão nos EUA e Mulheres representam só 22% dos sócios de fundos de VC na América Latina

05 de Julho, 2022 | 06:23 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

A busca por empresas com histórico positivo e resistentes à turbulência nos mercados tem sido um tema-chave entre grandes investidores e analistas. Para a carteira de julho, os papéis de commodities e do setor financeiro continuam liderando as preferências de investidores na bolsa brasileira.

Mas este mês houve uma mudança: algumas empresas ligadas ao varejo passaram a figurar entre as recomendações. É o que mostra um levantamento feito pela Bloomberg Línea com 14 corretoras e bancos de investimento.

As commodities seguem ganhando a atenção do mercado em um cenário de alta dos preços. A avaliação é de que o desempenho negativo recente foi exagerado - uma queda da ordem de 24% desde a máxima alcançada em março -, dado que os preços de minério de ferro permaneceram resistentes no primeiro semestre do ano, ainda refletindo a diminuição dos estoques da commodity e a sólida produção de aço chinesa.

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Confira o entra e sai de ações para a carteira que reúne as recomendações de 14 corretoras ou bancos de investimento

Fabricante de motores elétricos WEG, de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina

Na trilha dos Mercados

As negociações nos mercados internacionais voltam à normalidade com a retomada das operações de Wall Street, que ontem fechou por feriado nos Estados Unidos. O mercado está hesitante. Entre as bolsas europeias e os contratos futuros de índices nos EUA, o tom positivo do começo da manhã deu lugar a uma desvalorização.

✳️ Mais medidas anti-inflação? O contexto econômico é incerto e conturbado, mas trouxe um certo alento a notícia de que o governo americano considera remover ou reduzir algumas tarifas aduaneiras da era Trump sobre mercadorias chinesas. Altos funcionários americanos e chineses discutiram o tema ontem e um anúncio formal é aguardado para esta semana.

📈 Não só aumento de juro. Se o alívio tributário sobre centenas de bilhões de dólares em produtos chineses for efetivado, ajudará a diminuir os custos das mercadorias de uso corrente. Desta forma, a equipe de Joe Biden abriria uma frente de combate à inflação adicional à política de alta dos juros, estratégia que está levando os investidores a temerem por uma recessão econômica.

🌊 Na onda. Mas os bancos centrais mundiais continuam surfando a onda dos juros: mais de 80 autoridades monetárias subiram suas taxas este ano na tentativa de domar a inflação. A Austrália foi o último país a elevar o custo do seu dinheiro, para 1,35%, confirmando nesta madrugada a expectativa de aumento de 0,50 ponto percentual. Este foi o terceiro aumento consecutivo do juro, que acumula um incremento de 125 pontos base desde maio.

Os mercados reverteram a alta do começo da manhã

🟢 As bolsas ontem: Feriado nos EUA, Stoxx 600 (+0,54%), Ibovespa (-0,35%)

O mercado norte-americanos não operaram ontem devido ao feriado do Dia da Independência. Mas os futuros de índices dos EUA caíram em meio a temores dos investidores sobre a inflação crescente e persistente (o que deixou pouco espaço para o Fed abrandar seu aperto monetário) e uma possível recessão econômica. Como informou a Bloomberg, as ações em todo o mundo estão experimentando a pior venda em pelo menos três décadas.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados.

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

Indicadores PMIs: Zona do Euro, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Hong Kong, Brasil

Estados Unidos: Encomendas à Indústria/Mai, Pedidos de Bens Duráveis Excl. Defesa/Mai

Europa: Espanha (Confiança do Consumidor)

América Latina: Brasil (Produção Industrial/Mai, Balanço Orçamentário/Mai); México (Confiança do Consumidor)

Bancos centrais: Decisão sobre os juros da Austrália. BoE: ata da reunião de política monetária, relatório de estabilidade financeira e pronunciamento de Andrew Bailey (presidente do BoE )

📌 Para a semana:

Quarta-feira: Ata do FOMC/Fed. EUA: Indicador PMI, índice ISM de serviços, Pesquisa JOLTS sobre o mercado de trabalho

Quinta-feira: Informe do BCE sobre sua reunião política de junho. Christopher Waller e James Bullard, do Fed, se pronunciam. Relatório sobre os estoques de petróleo bruto do EIA

Sexta-feira: Relatório de emprego dos EUA de junho. Discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde

Destaques da Bloomberg Línea

Como essa operadora manteve os celulares da Ucrânia funcionando mesmo com a guerra

Quem é Silvina Batakis, nova ministra da Economia da Argentina

Avalanche nos Alpes mata sete pessoas em meio a temperaturas recordes

Longa, moderada e dolorosa: como será a próxima recessão nos EUA

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Empresa de criptos investida por Coinbase congela saques e demite 30% do quadro • Investidor dos EUA vê Brasil barato, mas segura aposta, diz Itaú • Mulheres representam só 22% dos sócios de fundos de VC na América Latina • Número de adultos com conta bancária na América Latina subiu 20% na pandemia

• Opinião Bloomberg: É hora de começar a planejar a reconstrução da Ucrânia

• Pra não ficar de fora: População LGBT mundial tem PIB de US$ 4 trilhões

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe