Rali do Bitcoin é interrompido por receios com inflação

Dados compilados pela Bloomberg mostram que o tombo mensal da principal criptomoeda do mundo foi o maior desde 2010

O maior token do mundo chegou a subir 11,3% na Ásia, fechando brevemente no nível de US$ 21.000
Por Suvashree Ghosh e Sidhartha Shukla
01 de Julho, 2022 | 09:05 AM

Bloomberg — O Bitcoin (BTC), recém-saído de seu maior declínio mensal de todos os tempos, operava com fortes oscilações nesta sexta-feira (1), enquanto os ativos digitais lutam para recuperar o equilíbrio.

O maior token do mundo chegou a subir 11,3% na Ásia, fechando brevemente no nível de US$ 21.000. No entanto, pela manhã, já havia apagado todos os ganhos, negociando a cerca de US$ 19.400 às 7h30, horário de Brasília. A queda de 41% em junho foi a mais acentuada da história, segundo dados da Bloomberg compilados desde 2010.

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As oscilações do Bitcoin ressaltam a incerteza que paira sobre as criptomoedas, enquanto os investidores lutam para avaliar até onde os bancos centrais irão para domar a inflação desenfreada. Aumentando a confusão, os principais players de criptomoedas, desde o fundo de hedge Three Arrows Capital até o credor Celsius Network, foram prejudicados pela liquidação do mercado, aumentando a perspectiva de mais contágio.

A inflação na zona do euro acelerou para um novo recorde em junho, com os preços ao consumidor saltando 8,6% mais rápido do que o esperado em relação ao ano anterior. Os números de inflação para a zona superaram as previsões dos economistas em 11 dos últimos 12 meses.

O Bitcoin “pode ser vulnerável a mais uma queda feia que pode fazer com que muitos traders temam uma queda para a área de US$ 10.000″ se a turbulência em Wall Street continuar no terceiro trimestre, escreveu Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda em nota. . O token foi negociado pela última vez nesses níveis em meados de 2020.

--Com a colaboração de Brett Miller