Bloomberg — A farmacêutica Novartis vai cortar até 8 mil postos de trabalho em um plano para economizar pelo menos US$ 1 bilhão até 2024 e melhorar o desempenho dos negócios.
A empresa suíça detalhou nesta terça-feira (28) os cortes, equivalentes a mais de 7% de sua força de trabalho global, após delinear o plano de reestruturação em abril. A Novartis planeja gerar economias combinando suas unidades farmacêutica e oncológica.
As demissões acontecerão em grande parte nas operações da empresa na Suíça, onde até 1.400 empregos podem ser afetados, de acordo com um comunicado enviado depois que a empresa iniciou consultas com funcionários em sua sede em Basileia.
“A nova estrutura será mais simplificada e, como tal, a empresa pretende eliminar funções em toda a organização”, disse a Novartis.
O CEO da comanhia, Vas Narasimhan, está sob pressão para convencer os acionistas de que pode melhorar o desempenho da empresa depois que alguns dos medicamentos com os quais o negócio contava para impulsionar o crescimento falharam em testes clínicos, tiveram problemas de segurança ou foram atrasados. A empresa também perdeu os lucros das vacinas contra a covid que rivais como a Pfizer (PFE) e outras companhias menores de biotecnologia fizeram durante a pandemia.
As ações da Novartis, que caíram 4,4% nos últimos 12 meses, recuavam 1,1% em Zurique na terça.
A reestruturação visa garantir que o crescimento das vendas seja de pelo menos 4% até 2026, disse a farmacêutica suíça em abril. A Novartis iniciou uma revisão estratégica de seu negócio de medicamentos genéricos Sandoz no ano passado.
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