Projeto em Minas Gerais marca entrada do Brasil no mercado global de lítio

Co-CEO da mineradora Sigma Lithium, Ana Cabral Gardner, diz que objetivo é colocar país no mapa dos minerais

Projeto Grota do Cirilo deve começar a produzir no início do próximo ano a uma taxa anual de 37.000 toneladas de carbonato de lítio
Por James Attwood
22 de Junho, 2022 | 01:06 PM

Bloomberg — A Sigma Lithium afirma que os resultados de seu programa de perfuração em Minas Gerais confirmam que a mineradora emergirá como uma das maiores produtoras mundiais de lítio para baterias de veículos elétricos. O projeto marca a entrada do Brasil no mercado global de lítio

O projeto Grota do Cirilo deve começar a produzir no início do próximo ano a uma taxa anual de 37.000 toneladas de carbonato de lítio, e uma segunda fase levaria a produção para cerca de 72.000 toneladas em 2024, disse em comunicado a empresa com sede em Vancouver, no Canadá, e controlado pelo fundo de private equity brasileiro A10 Investimentos.

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Isso o tornaria o maior projeto de mineração de lítio em rochas nas Américas, atrás apenas da Soc. Química y Minera de Chile, Albemarle e Pilbara Minerais no ranking global do metal. A perfuração para uma terceira fase aumentou a estimativa das reservas em cerca de 50% para quase 86 milhões de toneladas, disse a Sigma.

O Brasil, o maior produtor de minério de ferro depois da Austrália, procura atrair mais exploração e desenvolvimento em minerais essenciais na transição para energia limpa em um momento em que a pandemia e a guerra na Ucrânia aceleram a fragmentação dos laços comerciais tradicionais.

“Vamos colocar o Brasil no mapa”, disse a co-CEO da mineradora, Ana Cabral Gardner, em entrevista.

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A Sigma assinou acordos de fornecimento com a LG Energy Solution e a trading japonesa Mitsui. Está totalmente financiada para a primeira fase e planeja usar project finance para a segunda fase.

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