Petróleo volta a cair com medo de recessão no mercado

Contratos da commodity operam com volatilidade este mês de olho na demanda

WTI para entrega em agosto recuava 5,6%, para US$ 104,42 o barril às 5h27, horário de Brasília
Por Elizabeth Low e Alex Longley
22 de Junho, 2022 | 07:59 AM

Bloomberg — Os preços do petróleo despencaram pela segunda vez em poucos dias devido a preocupações de que uma desaceleração econômica global possa acabar prejudicando a demanda nos mercados.

O West Texas Intermediate caía para US$ 104 o barril. Os investidores estão preocupados com o impacto das taxas de juros dos EUA acentuadamente mais altas. Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, deve testemunhar no Congresso do país nesta quarta-feira (22) sobre sua tentativa de conter a inflação no ritmo mais rápido em décadas.

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Desde um pico depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, os mercados de petróleo vêm enfrentando uma crise de liquidez com as participações futuras caindo para o menor nível desde 2016, deixando os preços à vista propensos a oscilações desproporcionais. O índice de referência de petróleo dos EUA também caía abaixo de sua média móvel de 100 dias nesta quarta pela primeira vez desde janeiro, adicionando pressão técnica a um mercado já frágil.

Embora o petróleo tenha tido um comportamento instável na semana passada, caindo 6,8% na sexta-feira, há pouco descanso no aperto nos mercados de combustíveis refinados. O presidente dos EUA, Joe Biden, pedirá uma isenção de impostos sobre a gasolina, disse uma pessoa familiarizada com o plano à Bloomberg, depois que o preço médio de varejo nos EUA superou US$ 5 o galão este mês, após um aumento de mais de 50% em 2022.

Já a gigante petroleira Exxon Mobil alertou esta semana que os mercados de petróleo podem permanecer apertados por anos, enquanto o Vitol Group, o maior comerciante independente de petróleo do mundo, sinalizou o aumento da demanda de combustível na China. Ao mesmo tempo, margens crescentes estão oferecendo às refinarias um incentivo para comprar cada barril de petróleo que conseguirem.

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”Influências macro mais amplas têm ditado a direção dos preços do petróleo recentemente”, disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING Groep NV em Singapura. “No entanto, fundamentalmente, o mercado ainda permanece construtivo. O saldo de petróleo deve ser apertado para o restante do ano, enquanto no curto prazo as fortes margens das refinarias devem apoiar a demanda por petróleo.”

Preços do petróleo

O WTI para entrega em agosto recuava 5,6%, para US$ 104,42 o barril às 5h27, horário de Brasília

O Brent para liquidação de agosto caía 3,9%, para US$ 110,16 o barril.