Mercados americanos ensaiam recuperação em meio à desconfiança de gestores

Estrategistas do Morgan Stanley e do Goldman Sachs, além do empresário Elon Musk, disseram temer uma possível recessão nos EUA

O S&P 500 avançava 2,6% no início desta tarde, liderado por ações do setor de energia e consumo
Por Vildana Hajric e Isabelle Lee
21 de Junho, 2022 | 01:10 PM

Bloomberg Línea — As ações dos EUA se recuperavam nesta terça-feira (21), na volta de um feriado no país, depois do tombo da última semana apagar quase US$ 2 trilhões do S&P 500.

O S&P 500 avançava 2,6% no início desta tarde, liderado por ações do setor de energia e consumo, enquanto o Nasdaq 100, com mais ações de tecnologia, avançava 3,1% após o fim de semana prolongado.

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O sentimento positivo desta semana foi impulsionado por comentários do presidente norte-americano Joe Biden de que uma recessão nos EUA não é “inevitável”, mas as perspectivas continuam ruins para os investidores que avaliam se o mercado atingiu o fundo do poço. A história sugere que os mercados em baixa geralmente levam tempo para encontrar um piso, especialmente quando são acompanhados por uma recessão, como aconteceu na crise financeira de 2008.

“O Fed [Federal Reserve, banco central americano] pode ter tentado sacudir o cenário financeiro com um ataque agressivo à inflação, mas as ações mantiveram a toada de 2022 na semana passada, caindo para novas mínimas em meio às negociações voláteis do dia-a-dia”, disse Chris Larkin, diretor administrativo de negociação na E*TRADE, escritório do Morgan Stanley (MS).

Ainda assim, permanecem os temores de que os formuladores de políticas do Fed, com a intenção de esfriar as pressões sobre os preços, possam ir longe e desencadear uma desaceleração econômica. Estrategistas do Morgan Stanley e do Goldman Sachs (GS) alertaram que as ações podem cair ainda mais com o risco de recessão, refletindo um ceticismo mais amplo sobre a recuperação desta terça.

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O empresário Elon Musk também reiterou os receios de que a economia dos EUA entre em um período de recessão, afirmando que as fábricas da Tesla devem cortar até 3,5% do quadro total de funcionários nos próximos três meses.

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