Bloomberg Línea — O principal índice da Bolsa de São Paulo (IBOV) apagou os ganhos vistos na abertura e passou a cair já no fim da manhã, enquanto as ações oscilam nos Estados Unidos. Os mercados ensaiam uma recuperação nesta terça-feira (14) depois da derrocada na véspera, com os investidores analisando novos dados de inflação americana antes da decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã (15).
Às vésperas da Super Quarta, investidores se posicionam enquanto aguardam as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos - que deve marcar altas nas taxas em ambos os países.
No âmbito doméstico, as questões fiscais pesam no sentimento dos mercados, com as discussões sobre os preços dos combustíveis no Congresso no foco. A queda das commodities metálicas pesam ainda sobre os papéis da B3, como Vale (VALE3). Na ponta oposta, Eletrobras ON (ELET3) avança e equilibra o Ibovespa, após cerimônia de toque de campainha nesta terça marcar o fim do controle estatal.
Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (14):
- Por volta das 12h00 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,45%, a 102.141 pontos;
- O dólar à vista oscila ao longo da sessão e caía 0,04%, a R$ 5,12;
- Nos EUA, o Dow Jones caía 0,34%, o S&P 500, 0,20% e o Nasdaq, 0,11%
Contexto externo
A volatilidade marca as movimentações no mercado americano na sessão de hoje, à espera da decisão de juros pelo Fed amanhã (15).
Os preços pagos aos produtores dos Estados Unidos subiram 0,8% em maio ante abril e 10,8% em relação ao ano anterior, ressaltando as pressões inflacionárias persistentes em toda a economia que provavelmente manterão o banco central americano aumentando agressivamente as taxas de juros.
De acordo com a pesquisa mensal de gestores de fundos do Bank of America (BAC), os temores de estagflação dos investidores são os mais altos desde a crise financeira de 2008, enquanto o otimismo do crescimento global caiu para o menor nível desde o início do levantamento.
As expectativas de lucro global também caíram para os níveis de 2008, com os estrategistas do BofA notando que as baixas anteriores nas expectativas de lucro ocorreram durante outras grandes crises de Wall Street, como a falência do Lehman Brothers e o estouro da bolha das pontocom.
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