Mercados em queda outros 4 fatos para você saber para começar o dia

Veja os assuntos que devem marcar o sentimento dos mercados ao redor do mundo nesta segunda-feira (13)

Por

Bloomberg — A semana começa com os futuros americanos em queda e uma tensão acerca das projeções de aperto monetário do Federal Reserve. Além disso, as principais criptomoedas também caem, com expectativa para maiores quedas. O relatório de inflação americano, divulgado na última sexta (10) segue refletindo no humor dos mercados. No Oriente, aumentam as tensões entre China e Taiwan, e a semana começa com uma agenda mais tranquila, embora os próximos dias reservem decisões importantes.

1. O colapso continua

Os números surpreendentes da inflação de maio, que superaram as expectativas nos Estados Unidos, continuam a afetar os mercados, que agora precificam o aperto do Federal Reserve em 255 pontos-base ao longo das cinco reuniões restantes da autarquia até o fim do ano. Essa projeção de aumento na taxa básica de juros nos EUA poderia influenciar na valorização das ações americanas, elevar os rendimentos do Tesouro e favorecer um dólar mais forte.

2. Criptos também caem

O bitcoin (BTUSD) cai para seu nível mais baixo em 18 meses, seguindo a queda dos ativos de risco após a divulgação dos números de inflação do CPI dos EUA na sexta-feira (10). Outras criptomoedas também recuam seguindo o amplo movimento de venda. “Ouvimos algumas previsões do bitcoin na faixa de 15 mil a 10 mil, o que reflete o tipo de ambiente macroeconômico que as criptomoedas estão enfrentando pela primeira vez, e também os níveis de medo”, disse Antoni Trenchev, cofundador e sócio-gerente da Nexo, empresa de serviços financeiros de moedas digitais.

Movimentações do ethereum (ETUSD) sugerem que pode haver quedas ainda maiores até o final do ano - esta, impulsionada pelo credor de criptomoedas Celsius Network, que interrompeu saques, resgates e transferências em sua plataforma. Na esteira, a rival Nexo anunciou planos para adquirir os ativos da Celsius.

3. Mais inflação

A leitura do CPI dos EUA divulgada na sexta-feira (10) parece sugerir uma mudança adicional na movimentação da inflação de bens e serviços - mas ainda é cedo para descartar um choque de oferta. A maioria dos mais de 800 entrevistados da pesquisa MLIV Pulse espera que os preços das commodities subam, principalmente o trigo, e a demanda por carvão aumente à medida que a Europa abandone o gás natural russo.

4. Oriente inflamado

Como se já não fosse suficiente, há sinais preocupantes das tensões crescentes entre a China e Taiwan. Nos últimos meses, as autoridades chinesas afirmaram repetidamente que o estreito de Taiwan não constitui águas internacionais, contrariando a opinião dos EUA e de seus aliados. A política de “ambiguidade estratégica” das relações em torno do Taiwan está sob crescente pressão desde a invasão russa da Ucrânia.

Os comentários do presidente Joe Biden no mês passado sobre o apoio militar dos EUA ao Taiwan, que ele posteriormente retirou, serviram apenas para aumentar as tensões sobre o assunto, que é altamente sensível.

5. Também hoje...

A agenda de dados de hoje está em branco, sinalizando um começo de semana tranquilo antes de dias que guardam decisões importantes, já que o Federal Open Market Committee (FOMC) divulga na quarta-feira (15) sua decisão de juros e uma série de dados econômicos. Às 15h no horário de Brasília, Lael Brainard, do Fed, fala sobre a Lei de Reinvestimento da Comunidade. Na agenda de divulgações e balanços, a Oracle está entre as empresas que reportam resultados.

– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

Bitcoin toca mínima em 18 meses pressionado por inflação nos EUA

Onda vendedora domina mercados em semana crucial para bancos centrais, incluindo Fed