Bloomberg Línea — O dólar opera em forte alta na manhã desta segunda-feira (13), com os mercados estendendo o mau humor da semana passada à espera da Super Quarta, com a decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos no dia 15.
Na semana passada, a inflação ao consumidor dos EUA veio acima do esperado pelo mercado em maio, sustentando um aperto monetário mais agressivo por parte do Federal Reserve, de forma a conter o forte aumento dos preços.
Os traders estão agora precificando 175 pontos-base do aperto do banco central dos EUA até setembro, o que implica dois aumentos de meio ponto e um de 75 pontos-base. Se isso acontecer, será a primeira vez desde 1994 que o Fed recorrerá a uma medida tão drástica.
Por volta das 9h45 (horário de Brasília), o dólar avançava 1,30%, negociado a R$ 5,05. A moeda é considerada um porto seguro em momentos de grande incerteza, como o atual, atraindo investidores que buscam por proteções na carteira dado o cenário volátil.
As preocupações com o aumento de juros também são vistas na Europa. Na quinta-feira (9), o Banco Central Europeu se comprometeu com um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros e deixou as portas abertas para um aumento ainda maior em setembro, na primeira alta em mais de uma década.
Nesta segunda, o membro do Conselho de Administração do BCE, Peter Kazimir, se juntou ao coro hawkish, isto é, favorável a juros mais elevados, dizendo que podia “ver claramente a necessidade” de um aumento de 50 pontos-base em setembro.
O medo de uma recessão global toma conta dos mercados e contribui para uma onda vendedora nos mercados acionários. Por volta das 9h45 (horário de Brasília), os índices futuros dos EUA apontavam para uma sessão de queda, com o Nasdaq afundando cerca de 2,7%.
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