China preocupa EUA com novos alertas privados sobre Estreito de Taiwan

Não está claro se as afirmações indicam que a China tomará mais medidas para enfrentar embarcações navais que entram na região

Segundo ele, a China estava tentando unilateralmente mudar o status quo quando se trata de Taiwan
Por Peter Martin
12 de Junho, 2022 | 11:12 AM

Bloomberg — Nos últimos meses, funcionários militares chineses têm afirmado repetidamente, durante reuniões com contrapartes americanos, que o Estreito de Taiwan, localizado entre a ilha de Formosa e a China continental, não está situado em águas internacionais, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, gerando preocupações dentro da administração Joe Biden.

A declaração contestando a visão do direito internacional dos Estados Unidos foi entregue ao governo americano por funcionários chineses em várias ocasiões e em diversos níveis, disse a pessoa. Os Estados Unidos e aliados-chave dizem que grande parte do estreito constitui águas internacionais, e eles enviam frequentemente embarcações navais através da via navegável como parte da liberdade de exercícios de navegação.

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Há muito tempo, a China afirma que o Estreito de Taiwan faz parte de sua zona econômica exclusiva e considera que há limites para as atividades de navios militares estrangeiros nessas águas. Apesar de a potência asiática protestar regularmente contra os movimentos militares dos EUA na região, o status legal das águas anteriormente não era um ponto frequente de discussão em reuniões com autoridades americanas.

Não está claro se as recentes afirmações indicam que a China tomará mais medidas para enfrentar as embarcações navais que entram em trânsito no Estreito de Taiwan. Os EUA também conduzem operações de liberdade de navegação no Mar do Sul da China para contestar reivindicações territoriais chinesas em torno de características terrestres disputadas.

O Pentágono não respondeu imediatamente a um pedido de comentários, nem o Ministério das Relações Exteriores da China, que estava fora do horário comercial.

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Durante um discurso no sábado (11) no Diálogo IISS Shangri-la, em Singapura, o Secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin afirmou que a China estava tentando unilateralmente mudar o status quo quando se trata de Taiwan. “Nossa política não mudou”, disse ele. “Mas infelizmente, isso não parece ser verdade para a China.”

“Estamos vendo uma coação crescente de Pequim”, disse Austin aos delegados no fórum de segurança. “Temos testemunhado um aumento constante da atividade militar perto de Taiwan”. Isso inclui aeronaves PLA voando próximo de Taiwan em números recordes nos últimos meses – e quase que diariamente.”

O discurso de Austin foi seguido no domingo (12) pelo Ministro da Defesa Nacional da China Wei Fenghe, que reforçou a vontade de Pequim de lutar para evitar uma cisão formal do governo democraticamente eleito em Taipei. Wei, contudo, não se referiu explicitamente ao status legal do Estreito de Taiwan em seus comentários.

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“Se alguém se atrever a separar Taiwan da China, não hesitaremos em lutar”, disse Wei, reafirmando a posição de longa data de Pequim sobre a disputa. “Lutaremos a todo custo. E lutaremos até o fim. Esta é a única escolha para a China.”

-- Com a colaboração de Colum Murphy

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