Breakfast

Onda de consolidação chega às gestoras de recursos

Também no Breakfast: Mercados mistos em dia chave para a política monetária europeia; Nobel que antecipou bolha da internet e do subprime alerta para recessão nos EUA e CEO da Uber revela por que o Uber Eats deixou o Brasil

09 de Junho, 2022 | 06:13 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O Pátria Investimentos vai anunciar nos próximos dias a compra da VBI Real Estate, uma das principais gestoras de ativos imobiliários do país, segundo apurou a Bloomberg Línea com pessoas a par do assunto. Com o negócio, vai reforçar a sua posição no mercado de FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) em um momento em que a maioria das categorias dessa classe de ativo tem sido fortemente penalizada pelas seguidas altas da taxa básica de juros.

💰 Os valores do negócio estão sendo mantidos sob sigilo. A VBI tem hoje R$ 5,7 bilhões sob gestão e controla empreendimentos imobiliários em 18 Estados. E a Pátria Investimentos administra mais de US$ 25 bilhões em recursos de terceiros. Com forte presença em private equity e em ativos de infraestrutura, é um colosso com escritórios espalhados nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia e parceira de pesos-pesados como fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos.

✳️ Na semana passada, avisamos que as empresas de gestão de ativos (asset management) passam por um momento de consolidação no ambiente de juros altos. Depois do boom de novas casas no mercado brasileiro nos últimos anos, a indústria de fundos experimenta uma aceleração do movimento de consolidação. É um novo fenômeno que, segundo especialistas, deve se mostrar uma tendência no mercado de capitais brasileiro. E que começa a ganhar novos contornos.

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Negócio a ser anunciado nos próximos dias representa novo exemplo da tendência de consolidação de gestoras

Na trilha dos Mercados

O mercado financeiro acompanhará como o Banco Central Europeu (BCE) passará pela atual encruzilhada econômica, onde a inflação disparada e o aumento dos juros têm levantado dúvidas sobre o crescimento dos Produto Interno Bruto (PIB) global.

❗ Momento histórico. O banco central europeu deve colocar sobre a mesa as cartas para um giro de 180 graus em sua política monetária, dando a largada, provavelmente em julho, a um ciclo de aumento do custo do dinheiro - o que interromperia uma era de oito anos de taxas de juros negativas.

🚱 Fechando a ‘torneira’. Mas antes de tocar nos juros, o BCE deverá adotar outra política de enxugamento da liquidez nos mercados: reduzir trilhões de euros de compras de ativos e deixar de rolar títulos em vencimento.

🤕 Como evitar uma fragmentação? Uma mensagem que os operadores querem ouvir do BCE é que mecanismos ele vai usar para compensar aumento do prêmio de risco de países mais vulneráveis a um encarecimento da dívida europeia, como Itália e Espanha. Comenta-se que a autoridade monetária estaria comprometida a apoiar os mercados de dívida mais suscetíveis, no caso de estes serem atingidos por uma venda maciça de títulos.

✍🏼 Revisão macro. O BCE também deve fazer uma revisão do quadro macroeconômico, com um ambiente de menos crescimento e mais inflação. Ontem, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse esperar que a economia global se desacelere bruscamente para cerca de 3% este ano, contra um avanço de 4,5% estimado em dezembro. O tom do organismo europeu está em consonância com o do Banco Mundial, que alertou para a possibilidade de estagflação e baixou a 2,9% sua estimativa de expansão global para 2022, abaixo das estimativas de 4,1% e de 3,2% feitas em janeiro e abril, respectivamente.

👁️ Política monetária à parte, o mercado também assiste ao comportamento dos preços de petróleo, que nas últimas sessões engataram uma forte alta e levaram o barril tipo WTI a superar os US$ 122, e se saem à luz novos alertas corporativos para momentos mais difíceis e menos lucros.

Um panorama à primeira hora

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-0,81%), S&P 500 (-1,08%), Nasdaq Composite (-0,73%), Stoxx 600 (-0,57%), Ibovespa (-1,55%)

Os alertas de crescimento econômico mais lento e inflação mais duradoura pesaram sobre o desempenho dos mercados acionários internacionais. O sentimento dos investidores permanece frágil devido a dúvidas de que o aumento das taxas de juros prejudicará ou não a economia e os lucros corporativos. Além disso, os preços do petróleo subiram acima de US$ 120 por barril, em reação à queda nos estoques de gasolina e de petróleo bruto no maior centro de armazenamento dos EUA.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego, Estoque de Gás Natural

Europa: França (Folha de Pagamento Não Agrícola/1T22); Espanha (Confiança do Consumidor)

Ásia: China (Balança Comercial/Mai, Novos Empréstimos, IPC/Mai); Japão (Encomendas de Ferramenta Mecânica)

América Latina: Brasil (IPCA/Mai); México (IPC-núcleo/Mai); Argentina (Produção Industrial/Abr)

Bancos centrais: Decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE, prevista para as 8h45 de Brasília) e entrevista de sua presidente, Christine Lagarde.

📌 Para amanhã:

• EUA: IPC e Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan. Índices de Preços ao Produtor e ao Consumidor da China

Destaques da Bloomberg Línea

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E mais na versão e-mail do Breakfast:

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⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe