Bloomberg — O bitcoin (BTC) voltou a ficar abaixo dos US$ 30 mil nesta semana, deslizando junto com as ações e voltando a se estabilizar na faixa em que vem sendo negociado desde meados de maio.
A queda da última terça-feira (7), quando chegou a tocar os US$ 29,5 mil, eliminou os ganhos dos três dias anteriores e encerrou o curto período do bitcoin acima dos US$ 31 mil das últimas três semanas.
As preocupações dos investidores com uma política monetária mais rígida - leia-se juros mais altos - e normas de negociação mais rígidas, determinadas por governos, entram em atrito com o otimismo de que o bitcoin pode ter encontrado uma estreita faixa que lhe permita ficar em torno de US$ 30 mil. A criptomoeda enfrenta “resistência significativa” em torno de US$ 31,5 mil a US$ 32 mil, segundo Marcus Sotiriou, analista da corretora de ativos digitais GlobalBlock, do Reino Unido.
“O mercado está definhando”, disse Adam Farthing e Collin Howe, do provedor de liquidez de criptomoedas B2C2, em nota. “Sem um catalisador para o ponto positivo, é provável que o sentimento atual mantenha os preços dentro dessa variação, com certo risco claro e imediato de uma queda”.
As quedas da criptomoeda ocorreram na esteira da ampliação dos ganhos do dólar. Uma disparada nos rendimentos dos títulos do Tesouro no começo desta semana, na segunda-feira (6), alimentou as preocupações de que o aumento dos custos de empréstimo poderia induzir uma recessão.
Os mercados continuarão atentos aos sinais de que as faixas atuais – de US$ 28 mil a US$ 32,75 mil para o bitcoin, e de US$ 1.700 a US$ 2.100 para o Ether (ETH) – podem cair, disse a B2C2 na nota. O Ether, a segunda maior criptomoeda, caiu até 7,3% e foi negociado a US$ 1.747 em Londres.
O Solana caiu até 11%, ao passo que o Avalanche caiu até 9,3% em um trading no qual todas as principais criptomoedas estavam no vermelho, mostram os dados da Bloomberg.
--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
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