Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
O cenário para o investimento na bolsa recomenda cautela, mas também oferece oportunidades. Para cerca de 30 gestores de fundos de renda variável consultados pela plataforma Modalmais, os papéis na Bolsa brasileira estão muito descontados: empresas de qualidade vêm sendo negociadas a valores bem abaixo de seu preço justo.
Isso porque algumas aproveitaram o cenário de juros baixos até o ano passado para melhorar a saúde financeira de seus balanços. Graças a essa estratégia, estão conseguindo agora passar com mais segurança por esse momento de liquidez reduzida, destaca a pesquisa “Termômetro de Mercado”.
Na Bolsa, as preferências convergem, sobretudo, para os setores financeiro, de saúde e de commodities.
➡ Aqui você conhece as expectativas do gestores para estes setores e também para os ativos de renda fixa.
Na trilha dos Mercados
Os mercados lutam por encontrar uma direção. De um lado, as ações a preços atrativos incitam os investidores à compra. De outro, os sinais de que a inflação segue firme e forte, o que poderia obrigar os bancos centrais a uma política monetária mais restritiva, adicionam cautela e volatilidade às operações. Esta queda de braço se fará presente nas operações de hoje, que conta com uma agenda rica em dados para medir o pulso da economia em vários pontos do globo.
→ São estes os fatores de maior influência nesta manhã:
📉 Mudanças no balanço do Fed. O Federal Reserve dá a largada hoje à redução de seu balanço patrimonial. Atualmente, o maior banco central do mundo detém US$ 8,9 trilhões em títulos - mais do que o dobro que em 2020, quando eclodiu a pandemia. Será uma prova importante para a dinâmica dos mercados: ao resgatar os títulos que irão vencendo, em vez de renovar a dívida, o Fed enxuga a liquidez dos mercados. E tudo isso em um ambiente monetário mais restritivo, com juros em alta.
🏭 A indústria se ressente. O índice de gerentes de compras da Zona do Euro estampou a fragilidade do setor industrial do bloco. Os pedidos de manufatura caíram pela primeira vez desde junho de 2020, divulgou hoje a S&P Global. O PMI de manufatura da S&P Global baixou de 55,5 em abril para 54,6 em maio - a pior marca em 18 meses.
Na China, a atividade fabril de maio ficou pior do que o esperado (49 pontos, segundo os economistas consultados pela Bloomberg). O PMI Caixin subiu para 48,1 em maio, sobre os 46 de abril, graças à entrada em operação de parte da produção que se viu afetada pelos lockdowns. No entanto, segue abaixo de 50, a linha divisória que separa a expansão da contração.
🆙 Petróleo para o alto. Seis ganhos mensais e muita incerteza pela frente. Dá motivo para uma baixa do petróleo a preocupação de que o aumento dos juros conduza as economias a uma recessão, o que afetaria o consumo da commodity. Mas o relaxamento dos lockdowns na China e as novas sanções da União Europeia contra o petróleo da Rússia levam a uma maior procura pela matéria-prima.
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrial (-0,67%), S&P 500 (-0,63%), Nasdaq Composite (-0,41%), Stoxx 600 (-0,72%), Ibovespa (+0,29%)
Os investidores seguem atentos a qualquer sinal de que as pressões inflacionárias se estendam mais do que o esperado. A confiança dos consumidores dos EUA caiu em maio para seu nível mais baixo desde fevereiro. O índice do Conference Board recuou a 106,4 a partir de uma leitura, revisada para cima, de 108,6 em abril. E a inflação na Zona do Euro em maio marcou um recorde, com os preços ao consumidor subindo 8,1% em termos anuais. No mês fechado de maio, o S&P 500 e o Dow Jones Industrials subiram, respectivamente, 0,01% e 0,04%. O Nasdaq Composite, derrubado pelas ações de tecnologia, perdeu 2,05%.
→ Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados
No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Indicadores PMIs: Estados Unidos, Zona do Euro, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Itália, Brasil, México
• EUA: O Fed deve começar a reduzir o seu balanço de US$ 8,9 trilhões. Relatório “Livro Bege”; Reunião virtual OPEC+; Pedidos e Juros de Hipotecas MBA; Índice Redbook, Gastos de Construção/Abr; Índice de Novos Pedidos ISM/Mai; Ofertas de Emprego JOLTs/Abr
• Europa: Zona do Euro (Taxa de Desemprego/Abr); Alemanha (Vendas no Varejo/Abr); França (Balanço Orçamentário do Governo/Abr); Reino Unido (Índice de Preços de Imóveis Nationwide/Mai)
• Ásia: Hong Kong (Vendas no Varejo/Abr); Japão (Base Monetária)
• América Latina: Brasil (Fluxo Cambial Estrangeiro; Balança Comercial/Mai)
• Bancos centrais: Decisão sobre juros do Banco do Canadá. Discursos de Christine Lagarde (presidente do BCE), Fabio Panetta (BCE), John Williams (Fed de NY), James Bullard (Fed St. Louis)
📌 Para a semana:
• Quinta-feira: Discurso de Loretta Mester (Fed de Cleveland)
• Sexta-feira: Relatório de Emprego dos EUA em maio. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura libera seu índice mensal de preços de alimentos em um momento de máxima preocupação com o abastecimento global
Destaques da Bloomberg Línea
• Investidores de fundos ESG exigem provas de que estratégia funciona
• Bancos apontam vida curta para qualquer rali de ações nos EUA
• Empresas no Japão terão que revelar diferença salarial entre homens e mulheres
• Biden se esquiva de responsabilidade sobre inflação após reunião com Powell
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