Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) encerrou esta quarta-feira (1) estável, aos 111.359 pontos, depois de ter avançado em grande parte do pregão, puxado pelo bom desempenho das ações de mineradoras e siderúrgicas.
Ainda assim, o movimento foi melhor do que o visto na Europa e em Wall Street, que fecharam em queda diante das preocupações renovadas de investidores com o aumento da inflação. Já o dólar passou a subir com a maior aversão ao risco e era negociado perto de R$ 4,82 no fechamento.
Na Bolsa, os destaques positivos ficaram com as ações de Usiminas (USIM5), que subiram 2,74%, Vale (VALE3), com alta de 2,35% e Braskem (BRKM5), que avançou 2,43% nesta quarta, em um dia de alta para o minério de ferro.
Os maiores ganhos do dia, contudo, vieram dos papéis de Hypera (HYPE3) e WEG (WEGE3), que subiram 7,66% e 3,31% na B3, respectivamente.
Do outro lado, as ações de Azul (AZUL4) e Ecorodovias (ECOR3) ficaram com as maiores quedas da sessão, com baixas de 5,82% e de 3,80%, respectivamente.
Os investidores iniciaram o mês cautelosos, avaliando o cenário para os mercados diante do início do processo de redução do balanço do Fed em junho, conhecido como QT (aperto quantitativo, na sigla em inglês). Em junho, daqui a duas semanas, haverá ainda as reuniões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e do Federal Open Market Committee (Fomc), nos Estados Unidos, para decidir o rumo da taxa básica nos dois países.
Confira como fecharam os mercados nesta quarta-feira (1):
Cena externa
Nos Estados Unidos, o dia foi de cautela: as ações começaram o mês em baixa depois que novos dados indicaram que o Federal Reserve não tem conseguido conter a inflação, enquanto Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (JPM), alertou que um “furacão” econômico pode estar a caminho.
O S&P 500 fechou em queda de 0,8% depois de cair até 1,4% em dado momento do dia, com dados mostrando um avanço inesperado na atividade manufatureira dos EUA, bem como um número de vagas abertas de emprego excepcionalmente elevado no país – alimentando a preocupação de que o Fed precise ser mais restritivo na política monetária para desacelerar o aumento desenfreado dos preços.
Entre as commodities, o preço do petróleo subiu enquanto os investidores avaliavam o futuro da Opep+ (diante das medidas de embargo à Rússia) e enquanto aguardam pelas discussões sobre a política de produção para julho. Em maio, o preço do petróleo bruto avançou cerca de 10%, alimentando mais preocupações com relação à inflação.
-- Com informações da Bloomberg News
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