Bloomberg — As fábricas da China ainda enfrentaram dificuldades em maio, mas o ritmo mais lento de contração sugere que o pior das consequências econômicas do surto de coronavírus pode estar chegando ao fim, à medida que o país começa a aliviar seus rígidos bloqueios.
O PMI do setor manufatureiro subiu de 47,4 em abril para 49,6 em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31). Uma leitura abaixo de 50 ainda indica uma contração, mas o indicador foi melhor do que a estimativa mediana de 49 em uma pesquisa da Bloomberg junto a economistas.
O indicador não manufatureiro, que mede a atividade nos setores de construção e serviços, aumentou de 41,9 em abril para 47,8 em maio, acima da previsão de 45,5.
Embora a economia ainda não tenha se recuperado completamente, os dados melhores que o esperado sugerem que os esforços para aliviar algumas restrições estão ajudando as empresas a retomar a produção e encerrando o declínio da atividade. Mesmo assim, o ritmo de recuperação será lento desta vez, e os economistas ainda preveem que o crescimento diminuirá para 4,5% este ano - bem abaixo da meta do governo de cerca de 5,5%.
Os dados de terça-feira indicam que “os setores de serviços de contato ainda são o epicentro da desaceleração, enquanto a recuperação inicial do setor manufatureiro foi mais lenta”, em comparação com o lockdown de 2020, disse Liu Peiqian, economista-chefe para China do NatWest Group. “Achamos que o ritmo e a escala da recuperação podem ser mais graduais.”
O índice de ações CSI 300 da China fechou em alta de 1,6%, um dos melhores desempenhos da Ásia, com as ações de tecnologia da informação e telecomunicações entre as principais altas.
As perspectivas para a economia da China pioraram este ano em meio a surtos generalizados de covid e controles rigorosos para conter infecções.
Os lockdowns começaram a diminuir, permitindo certa recuperação na atividade industrial. Pequim vem tentando apoiar o crescimento por meio de várias medidas e recentemente lançou um amplo pacote de apoio que abrange desde consumo e investimento até cortes de impostos e incentivo a empréstimos.
O primeiro-ministro Li Keqiang também tem pedido repetidamente que os governos locais façam mais para estabilizar o crescimento.
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