Commodities caminham para recorde com alimentos e petróleo

No petróleo, a escassez de oferta global da commodity mantém os preços elevados, mesmo com os temores sobre uma destruição da demanda

O destino das exportações de grãos e fertilizantes da Ucrânia está na balança após o presidente russo Vladimir Putin exigir alívio de sanções em troca de qualquer ajuda
Por Grant Smith - Gerson Freitas Jr. e Michael Hirtzer
30 de Maio, 2022 | 02:57 PM

Bloomberg — Os preços das commodities se aproximam de um recorde, com investidores monitorando uma série de indicadores e eventos nos próximos dias. Na semana, o destaque recai sobre uma cúpula da União Europeia, encotro da Opep+ e o mais recente parecer da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a crise alimentar global.

As medidas da China para reiniciar sua economia enfraquecida deram impulso aos preços dos ativos nesta segunda-feira (30), em meio a sinais de que os surtos de covid-19 podem ter sido controlados. O barril de Brent ultrapassou US$ 120 e os preços dos metais saltaram.

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Líderes da União Europeia se reúnem para uma cúpula de dois dias com enormes desafios, incluindo dificuldades em acordar um embargo do petróleo russo. Nos Estados Unidos, a temporada de viagens de verão começou e deve testar o mercado apertado de gasolina.

O indicador de preços das commodities da Bloomberg pode facilmente atingir um novo recorde histórico, tendo fechado sexta-feira (27) a 1% do recorde estabelecido em abril. Isso reflete o profundo impacto da invasão russa na Ucrânia.

Petróleo

O petróleo avança à medida que os motoristas nos EUA passam a frequentar as estradas, com os estoques de gasolina nos menores patamares em oito anos. A escassez de oferta global de petróleo mantém os preços altos, mesmo com os temores sobre a destruição da demanda.

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A Agência Internacional de Energia tem estimulado os produtores de petróleo a agir para evitar uma recessão global. Agora, se eles atenderão a esse chamado ou não, ficará claro na quinta-feira (2) com a reunião mensal da Opep+.

A Arábia Saudita e seus parceiros têm ignorado apelos para um aumento mais rápido da produção, mesmo quando as exportações russas vacilam. Mas com o presidente americano Joe Biden cogitando visitar o reino, há uma chance de Riad mudar de rumo.

Alimentos

A crise alimentar global pode piorar ainda mais. O destino das exportações de grãos e fertilizantes da Ucrânia está na balança após o presidente russo Vladimir Putin exigir alívio de sanções em troca de qualquer ajuda.

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A Índia está entre os maiores exportadores de arroz, responsável por 40% dos negócios

Por outro lado, as preocupações de que a Índia possa recorrer à contenção de exportações de arroz diminuiu com a chegada da estação das monções. A soja se aproxima de uma alta histórica. Uma visão geral da crise virá com o último indicador de custos globais de alimentos da ONU na sexta-feira (3).

China

O cobre subiu após o que pareceram ser passos mais decisivos para o fim da turbulência do vírus da covid na China. Além de uma flexibilização das restrições em Xangai, autoridades de Pequim disseram que o surto agora está sob controle.

Mesmo assim, muitos danos foram causados à demanda e ao sentimento, e os investidores acompanharão como a China continua equilibrando sua política de “zero covid” com uma recuperação econômica sustentada. Na semana passada, uma pesquisa sobre perspectivas do cobre mostrou pouco otimismo.

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