Oferta da Eletrobras já atrai demanda de R$ 13 bilhões, segundo fontes

Follow-on que pode chegar a R$ 30 bilhões deve ser lançado nos próximos dias e bancos já estão em contato com investidores

Com o aumento de capital, a fatia do governo poderá cair para abaixo de 50% do capital votante da empresa
Por Vinícius Andrade - Felipe Marques e Cristiane Lucchesi
26 de Maio, 2022 | 09:40 AM

Bloomberg — Um grupo de investidores sinalizou interesse em comprar cerca de R$ 13 bilhões em ações da Eletrobras (ELET3), no que pode ser uma das maiores ofertas públicas já realizadas no Brasil, segundo pessoas com conhecimento do assunto disseram à Bloomberg.

A transação - uma oferta subsequente chamada de follow-on - deve ser lançada formalmente nos próximos dias, mas os bancos já começaram a entrar em contato com potenciais compradores, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas discutindo assuntos privados. Se a operação for bem-sucedida, poderá resultar na privatização da companhia por meio da diluição da posição de controle hoje nas mãos da União.

A Eletrobras não comenta.

Com o aumento de capital, a fatia do governo poderá cair para abaixo de 50% do capital votante da empresa. Em relatório de 22 de maio, analistas do UBS BB citaram expectativas de que a oferta levante um total de cerca de R$ 30 bilhões, incluindo a oferta primária e a secundária de ações. No primeiro caso, os recursos vão para o caixa da companhia; no segundo, para os acionistas vendedores.

PUBLICIDADE

A venda, que precisou ser aprovada pelo TCU e pelo Congresso ao longo dos últimos doze meses, aconteceria em meio a uma forte desaceleração das ofertas brasileiras neste ano, com a escalada de juros e expectativa de turbulência eleitoral, o que esfria o apetite por transações.

Os bancos coordenadorers da oferta são Bank of America, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, XP Investimentos, Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, JP Morgan, Morgan Stanley e Safra, de acordo com comunicado da Eletrobras no fim do ano passado.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Anitta é a mais nova sócia de startup brasileira avaliada em R$ 2,2 bilhões