Como Davos se adaptou à vida pós-covid

Será que o Fórum Econômico Mundial pode se tornar um modelo de evento internacional que não resultou no alto contágio dos participantes?

Evento ocorreu de 22 a 26 de maio
Por Naomi Kresge - Deirdre Hipwell
26 de Maio, 2022 | 01:47 PM

Bloomberg — Nesta semana, a elite empresarial e governamental compareceu ao Fórum Econômico Mundial pela primeira vez desde que a pandemia de covid-19 foi declarada. Os participantes encheram as salas de reuniões e se aglomeraram em torno das mesas de centro nos corredores acarpetados do Centro de Congressos de Davos. Quase ninguém usava máscara.

Este Fórum, menor e mais maçante, foi uma mistura um tanto divertida de cautela e descuido.

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As precauções vieram principalmente antes que os quase 2.500 delegados começassem a trabalhar na segunda-feira (23). Juntamente com os jornalistas e outros funcionários, delegados também apresentaram o comprovante da vacinação e os resultados de um teste de covid antes do registro. Isso significou ter de fazer cálculos que a maioria de nós não precisou fazer nos últimos meses, estimar os horários de chegada e certificar-se de realizar um teste de PCR até 72 horas antes ou um teste rápido de antígeno administrado profissionalmente até 24 horas antes da chegada. Um colega de imprensa foi visto pesquisando freneticamente uma farmácia aberta no domingo à tarde para fazer o teste.

Depois de pegar os crachás, era necessário fazer outro teste de covid, desta vez bancado pelo próprio Fórum. Para muitos participantes, isso significava outra verificação menos de oito horas após o teste feito antes da chegada. Um membro da equipe médica distribuiu pequenos frascos de solução salina, com os quais os participantes deveriam gargarejar e depois cuspir em tubos de plástico rotulados.

Esse teste também criou alguns momentos de ansiedade para alguns participantes que descobriram os resultados positivos assim que estavam na conferência e depois foram convidados a fazer o teste novamente.

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Esclarecidas todas as dúvidas, os visitantes ficaram livres para se divertir como bem entendessem. Isso não quer dizer que as pessoas desconheciam o risco. Um ataque de tosse em um evento lotado, organizado pela TIME e Salesforce (CRM), rapidamente criou uma zona de exclusão de três metros, e a pessoa envolvida garantiu que havia feito um teste rápido naquela manhã e estava livre de covid. Outro participante disse que havia entrado e saído de outro evento porque estava tão lotado que se sentiu desconfortável.

No final desta semana, também saberemos se a conferência pode se tornar um estudo de caso sobre como realizar uma conferência internacional sem vire um evento altamente contagioso.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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