Atenção aos sinais do mercado

Também no Breakfast: Temor em torno do crescimento econômico traz volatilidade aos mercados; Como a dança das cadeiras na Petrobras afeta a disputa eleitoral e Anitta envolve Fazenda Futuro em seu império de negócios

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Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O ambiente mais desafiador para os investimentos tem levado experientes gestores a colocar o pé no freio na alocação de recursos em ativos de risco. O cenário mais complexo, de elevada inflação e juros em alta, tem forçado os especialistas a uma mudança de estratégia.

“Não há um barulho de sino quando as regras do jogo estão mudando, mas, se você ouvir atentamente, poderá escutar o apito do cachorro. Este parece ser um momento para ouvir esse som mais agudo”, segundo Daniel Loeb, fundador e CEO da gestora Third Point, que administra um patrimônio de US$ 17,3 bilhões.

O famoso investidor ativista faz referência a uma expressão em inglês - dog whistle - que significa passar ou captar uma mensagem sutil que só pode ser compreendida por determinado grupo.

Confira as apostas da Third Point neste cenário conturbado para a economia mundial e as declarações de Daniel Loeb, conhecido por suas campanhas de compra de ações de empresas com vistas a influenciar suas políticas de gestão.

Na trilha dos Mercados

Cotações mistas, inclinadas à baixa, e variações frágeis. Se de um lado a ata do Federal Reserve (Fed) não trouxe surpresas, o que em um ambiente de incertezas representa uma boa notícia, de outro mercado remói as conjecturas sobre o futuro econômico da China - e, claro, como isso vai respingar ao redor do globo.

🇨🇳 Corda tensa. O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, deu seu mais duro aviso até agora sobre a economia, que está sob grande tensão devido aos surtos de Covid e aos lockdowns. Segundo ele, em alguns aspectos o país está pior do que em 2020, quando surgiu a pandemia. Economistas consultados pela Bloomberg prevêem que a economia chinesa crescerá 4,5% este ano, bem abaixo da meta do governo de cerca de 5,5%. A avaliação geral é de que a política de Covid Zero tornará a meta de crescimento da China quase impossível.

🏦 A não-notícia que reconforta. Os investidores comemoraram o fato de o Fed, na ata divulgada ontem, não se mostrar inclinado a uma política monetária ainda mais restritiva. Sinalizou que continuará, nas duas próximas reuniões, a elevar o custo do dinheiro em 0,5 ponto percentual para calibrar a elevada inflação. Mas que pode, mais adiante, mudar de marcha, dependendo da evolução da economia.

💡 Política monetária sob os holofotes. O Banco da Coreia aumentou sua taxa de juros de referência nesta quinta-feira, embarcando com outros pares mundiais no combate à persistente e elevada inflação. Ontem, foi a vez de a autoridade monetária da Nova Zelândia subir o custo do dinheiro. Em rumo contrário, hoje o banco central da Rússia reduziu sua taxa de juros pela terceira vez em pouco mais de um mês, de 14% para 11%, e disse que os custos de empréstimo podem cair ainda mais, numa ação que visa conter a disparada do rublo.

✳️ Volatilidade: os contratos indexados aos índices acionários de Wall Street subiram no começo da manhã, mas logo passaram ao campo negativo. Na Europa, a maioria das bolsas operava em alta.

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones (+0,60%), S&P 500 (+0,95%), Nasdaq Composite (+1,51%), Stoxx 600 (+0,63%), Ibovespa (0,00%)

Os ganhos foram impulsionados pelas atas do Fed, já que não sinalizaram uma abordagem mais radical para conter a inflação. Embora a maioria dos formuladores de políticas veja um aumento de meio ponto percentual nas duas próximas reuniões, eles sugeriram na ata uma possível pausa, mais adiante, ao neste ano. O petróleo subiu depois que o governo dos EUA informou que os estoques de combustível do país caíram a um ritmo mais lento e que as refinarias aumentaram a produção para o nível mais alto em anos.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: PIB/1T22, Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego; Gasto dos Consumidores/1T22; Vendas Pendentes de Moradias/Abr; Índice de Atividade Industrial Fed Kansas/Mai

Europa: Itália (Vendas da Indústria/Mar)

Ásia: Japão (IPC - Tóquio/Mai); China (Lucro Industrial Chinês/Abr); Hong Kong (Balança Comercial)

América Latina: Brasil (Índice de Evolução de Emprego do CAGED/Abr; Transações Correntes/Mar); México (Vendas no Varejo/Mar)

Bancos centrais: Decisão sobre juros do banco central da Coreia

Balanços: Royal Bank of Canada, Dollar General, Lenovo, Alibaba, Baidu, Macy’s, Dollar Tree, Costco, Marvell, Autodesk

📌 Para amanhã:

• Nos EUA: Índice de Preços PCE/1T22; Renda e Gastos Pessoais; Estoques do Atacado; Índice de Confiança do Consumidor - Universidade de Michigan)

Destaques da Bloomberg Línea

Como a dança das cadeiras na Petrobras afeta a disputa eleitoral

Guerra na Ucrânia leva China a ‘quebrar tabu’ e comprar milho do Brasil

Nova vítima do mercado: ETFs temáticos sofrem resgate recorde nos EUA

Cafu vira garoto-propaganda do meio ambiente na Copa do Qatar

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Anitta envolve Fazenda Futuro em seu império de negócios • Fome no Brasil atinge recorde histórico na pandemia • VC americano lidera rodada em fintech brasileira e quer investir mais no país • Davos: Mudança climática é o problema mais fácil para ser resolvido

• Opinião Bloomberg: Será que estamos preparados para um surto de varíola dos macacos?

• Pra não ficar de fora: 10 melhores e piores cidades para evitar um burnout

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe