Bloomberg — A divisão de jatos corporativos da Airbus SE está mais otimista sobre as perspectivas para este ano, mesmo com o conflito Rússia-Ucrânia e os bloqueios chineses por coronavírus pesando nas vendas.
A fabricante de aviões europeia teve alguns anos com poucos pedidos de seu mais novo modelo de jato executivo durante a pandemia de covid-19, com quase todas as viagens de trabalho reduzidas. A versão corporativa do A220 foi lançada em 2020, mas não recebeu pedidos em 2021 após seis compromissos no ano anterior.
As vendas agora estão crescendo com cinco pedidos de jatos corporativos até agora em 2022, incluindo quatro para a variante A220, e há oportunidades no Oriente Médio e nos Estados Unidos para concluir mais negócios, disse o chefe global da Airbus Corporate Jets, Benoit Defforge, em uma entrevista antes da conferência de aviação executiva da EBACE.
“Tivemos que enfrentar ventos contrários durante os últimos 12 a 18 meses”, disse Lefforge. “Prevemos no Oriente Médio uma oportunidade real para os próximos anos.”
Existem mais de 60 jatos corporativos da Airbus voando no Oriente Médio com idade média de mais de 10 anos, o que significa que a empresa vê uma oportunidade de renovar uma frota envelhecida. Os EUA são um mercado mais difícil de se firmar, disse Defforge, mas a recuperação no mercado significa que também há muito espaço para crescimento.
A China, por outro lado, está se tornando mais desafiadora devido à dificuldade de acesso ao mercado, pois o país traz de volta amplas restrições ao vírus. A empresa também teve que interromper os esforços de vendas na Rússia para cumprir as sanções e tem de 10% a 15% de sua frota no país.
O jato corporativo A220 entrará em serviço no início do próximo ano e espera-se que isso traga mais impulso nas vendas, disse Defforge. A empresa pretende fazer de cinco a dez vendas de ACJ220 por ano a longo prazo.
O modelo é baseado no A220-100 e poderá voar até 10.500 km, o suficiente para conectar Londres a Los Angeles.
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