Investidores ampliam apostas na queda das ações em Nova York

Dinâmica destaca a crescente ansiedade sobre a economia dos EUA à medida que as pressões de preços aumentam

Enquanto esse ambiente provavelmente beneficie os títulos do Tesouro americano de longo prazo, as ações enfrentariam dificuldades
Por Katie Greifeld
19 de Maio, 2022 | 03:27 PM

Bloomberg — Com tantos alertas sobre uma possível recessão nos Estados Unidos, os investidores se preparam para uma desaceleração.

As apostas contra o SPDR S&P 500 ETF Trust - maior fundo negociado em bolsa do mundo com US$ 352 bilhões voltados para o mercado de renda variável americano - representam 7% de suas ações, perto do maior nível desde março de 2020, segundo dados da IHS Markit.

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Enquanto isso, as apostas contra o iShares 20+ Year Treasury Bond, ETF de US$ 19,5 bilhões que segue títulos do Tesouro americano, encolheram para apenas 3,5%, o menor nível desde setembro de 2020, mesmo com a queda de 20% do fundo no acumulado do ano.

Essa dinâmica destaca a crescente ansiedade sobre a economia dos EUA à medida que as pressões de preços aumentam. O presidente do Federal Reserve Jerome Powell disse terça-feira (17) que “o crescimento tem que cair” para que a inflação esfrie e, como resultado, “pode haver alguma dor envolvida” na restauração da estabilidade de preços.

Enquanto esse ambiente provavelmente beneficie os títulos do Tesouro americano de longo prazo, as ações enfrentariam dificuldades, de acordo com Peter Tchir da Academy Securities.

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“Estamos começando a mudar de medos de ‘inflação’ para medos de ‘recessão’, então acho que esse posicionamento é consistente com uma perspectiva de ‘recessão’”, disse Tchir, chefe de estratégia macro da empresa. “Acho que é prematuro falar de recessão, mas é estou vendo mais pessoas falarem disso e fazendo operações que refletem isso.”

O SPDR caiu 18% até agora este ano, com o S&P 500 próximo de um mercado de baixa.

Mais de US$ 32 bilhões foram retirados do fundo este ano, deixando-o a caminho do pior ano de saídas de todos os tempos.

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Por outro lado, mais de US$ 49 bilhões entraram em fundos de renda fixa, embora cerca de 96% dos ETFs de títulos tenham registrado perdas no acumulado do ano.

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