Bloomberg Línea — Na contramão do exterior, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão desta quinta-feira (19) em alta de 0,71%, recuperando parte das perdas da sessão anterior, quando caiu mais de 2%.
O principal índice de renda variável da Bolsa brasileira subiu puxado por ações de empresas dos setores de mineração e siderurgia, que seguiram a alta do minério de ferro. Foi o caso das ações da Vale (VALE3), com alta de 2,66%, bem como de CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3), que subiram 9,07% e 7,20%, respectivamente, a R$ 4,45 e R$ 18,90.
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) também subiram até 1,7% com os preços do petróleo, enquanto os papéis da Eletrobras (ELET3; ELET6) avançaram 3,03% e 2,54% após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a privatização da companhia elétrica.
Já do lado das perdas, as maiores baixas foram lideradas pelas ações de Petz (PETZ3), Hapvida (HAPV3) e WEG (WEGE3), que caíram 5,20%, 4,11% e 3,41%, respectivamente, na B3. O dólar, por sua vez, teve uma nova sessão de queda, se mantendo abaixo dos R$ 5.
Confira como fecharam os mercados nesta quinta-feira (19):
Cena internacional
As ações dos Estados Unidos caíram em um dia de negociação volátil, com os investidores avaliando as perspectivas de crescimento em um cenário de preços em alta e política monetária restritiva. Os títulos do Tesouro dos EUA mantiveram ganhos em meio a um fluxo constante de investidores em busca de “refúgio”.
O S&P 500 voltou ao vermelho na última hora de negociação, um dia após a maior queda em um único dia desde junho de 2020, na quarta-feira (18), que apagou US$ 1,5 trilhão de seu valor de mercado. O Nasdaq 100 também apagou os ganhos no final do dia.
A liquidação das ações nesta semana deixa o S&P 500 à beira de seu sétimo declínio semanal, a sequência mais longa desde que a bolha das pontocom estourou há mais de duas décadas. As apostas de que ganhos robustos podem ajudar os investidores a enfrentar a turbulência deste ano foram colocadas em dúvida depois que gigantes varejistas dos EUA sinalizaram um impacto crescente da alta inflação nas margens e nos gastos do consumidor.
Enquanto isso, autoridades do Federal Reserve reafirmaram esta semana que uma política monetária mais rígida está à frente, enquanto os investidores se preocupam com os riscos de estagflação.
-- Com informações da Bloomberg News
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