Bloomberg — A fortuna da família Walton caiu mais de US$ 16,5 bilhões nesta terça-feira (17), depois que o Walmart (WMT) reduziu suas perspectivas de lucro.
O Walmart, controlado pela família, caiu até 11% nas negociações de Nova York depois que a empresa com sede em Bentonville, Arkansas, divulgou ganhos abaixo das estimativas dos analistas. A inflação em alta pressionou as margens de lucro da gigante do varejo no primeiro trimestre, testando o apetite da empresa para aumentar os preços.
O falecido patriarca da família, Sam Walton, centrou o negócio em torno de um espírito de desconto que no passado ajudou a impulsionar suas ações em tempos de recessão. Os três filhos sobreviventes de Walton, Alice, Jim e Rob, a nora Christy e o filho de Christy, Lukas, possuem pouco menos da metade da varejista, dando a eles um patrimônio líquido combinado de cerca de US$ 214 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
A família, que detém sua participação por meio de vários fundos, aumentou suas vendas de ações nos últimos anos. Eles se desfizeram de US$ 6,2 bilhões em ações no ano passado, o que a empresa disse ser parte de uma estratégia para manter a participação da família abaixo de 50% em meio a recompras.
Essas alienações ajudaram os Waltons a acumular riqueza significativa fora de sua participação no Walmart. Uma empresa de investimentos para a família investe principalmente em fundos negociados em bolsa de baixo custo e detinha cerca de US$ 5,1 bilhões em ações e ETFs dos EUA no final do primeiro trimestre.
Isso os armou com amplos fundos para aquisições. Diz-se que Rob Walton está concorrendo ao Denver Broncos, o primeiro time da National Football League a ser colocado à venda em quatro anos. A expectativa é de que seja vendido por mais de US$ 4 bilhões.
--Com a colaboração de Jack Witzig
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