Dia D para o Nubank

Também no Breakfast: China dá motivos para manhã positiva nos mercados; 50 ações e fundos favoritos dos investidores de alta renda e Alta de juros favorece bancos tradicionais, diz presidente do Itaú

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Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Quando o Nubank fez o IPO, uma enorme quantidade de ações não foi vendida, já que há acionistas da empresa - primeiros funcionários que detêm participações, por exemplo - que não podiam comercializar seus papéis logo após o IPO. Eles precisavam aguardar um período. Esse período de lock-up acaba hoje, quando até US$ 26 bilhões em ações poderiam ser liberados para comercialização.

O CEO do Nubank, David Vélez, disse ontem em reunião com investidores que a maior parte de seus acionistas vai reforçar sua posição de longo prazo na companhia. “A maioria dos acionistas não pretende vender as ações com o fim do lock-up”.

Por conta da volatilidade e pressão com o fim do lock-up das ações hoje, o Nubank perdeu mais de um terço de seu valor de mercado menos de cinco meses depois de abrir seu capital.

🆙 Mudança de sinal

O Nubank registrou um lucro líquido ajustado de US$ 10,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o prejuízo líquido de US$ 11,9 milhões do mesmo período do ano passado.

A fintech, que conta com o respaldo da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, teve uma receita total recorde de US$ 877,2 milhões no primeiro trimestre, um crescimento de 226% em câmbio neutro comparado ao mesmo intervalo de 2021. Seu número de clientes no Brasil subiu 55% na base anual, chegando a 59,6 milhões de usuários.

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Na trilha dos Mercados

O mercado iniciou os negócios de hoje com o pé direito. A China, que ontem deu motivos para os investidores acordarem de mau-humor, agora é a portadora de boas notícias. Favorece um ambiente de compras a expectativa de um afrouxamento dos lockdowns (Xangai encadeia três dias seguidos sem contágios) e também das medidas restritivas do país asiático contra seus gigantes tecnológicos.

👀 Fim do cabresto às techs? Os traders contam que uma reunião de hoje entre os principais reguladores e gigantes corporativos do país leve a China a voltar atrás nas limitações que vem impondo à indústria há cerca de um ano. As bolsas asiáticas responderam com alta.

🕵️ Caçadores de pistas. Para quem está em busca de sinais sobre a política monetária mundial, hoje o prato está cheio. Os presidentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) têm pronunciamentos marcados para hoje. Jerome Powell voltará a afastar o receio do mercado de uma política de juros mais dura, com altas superiores a 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões? E a Europa se renderá ao movimento global de encarecimento do dinheiro para controlar a inflação? Veremos se o mercado vai recalibrar suas expectativas.

🚦 Sinais da economia. A maior parte dos dados econômicos de relevância vem, hoje, dos Estados Unidos. Vendas no varejo e produção industrial darão uma mostra da força e resistência da maior economia global em um contexto de inflação elevada, maior aperto monetário e problemas nas cadeias globais de abastecimento.

🐦 Early bird. Elon Musk tuitou nesta terça-feira que não prosseguirá com sua aquisição do Twitter Inc., no valor de US$ 44 bilhões, a menos que o gigante da mídia social possa provar que os bots de spam representam menos de 5% de seus usuários, lançando ainda mais incerteza sobre o negócio.

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones (+0,08%), S&P 500 (-0,39%), Nasdaq Composite (-1,20%), Stoxx 600 (+0,04%), Ibovespa (+1,22%)

Em um dia volátil, com os dados macroeconômicos chineses pesando sobre o ânimo dos investidores, dois dos principais índices norte-americanos fecharam com perdas. O desempenho se viu afetado por ações de empresas de grande capitalização de mercado, como Tesla, Amazon e Apple.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Vendas no Varejo (e Projeções)/Abr; Índice Redbook; Utilização da Capacidade Instalada/Abr; Produção Industrial/Abr; Vendas da Indústria/Abr; Estoques das Empresas/Mar; Índice NAHB de Mercado Imobiliário/Mai; Estoques de Petróleo Bruto Semanal API

• Europa: Zona do Euro (PIB/1T22; Variação no Emprego/1T22; Emprego Total/1T22); França (Taxa de Desemprego/1T22); Reino Unido (Taxa de Desemprego/Mar; Variação no Emprego/Abr); Espanha (Balança Comercial/Mar); Itália (IPC/Abr)

• Ásia: Japão (Índice de Atividade da Indústria Terciária; PIB/1T22); China (Preços de Imóveis/Abr)

• América Latina: Brasil (IGP-10/Mai; Fluxo Cambial Estrangeiro)

• Bancos centrais: Discursos de Jerome Powell (presidente Fed), James Bullard, Patrick Harker e Loretta Mester (FOMC/Fed); Christine Lagarde (presidente do BCE)

• Balanços: Walmart, Home Depot, JD. com, Vodafone

Destaques da Bloomberg Línea

Frente fria no Brasil: Café dispara em Nova York com receio de geada

Nova York pode impor máscaras novamente com nível alto de covid

Tiger Global vende fatia na Netflix e investe em startup de carro usado

McDonald’s decide deixar Rússia, com perda potencial de US$ 1,4 bi

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: (50 ações e fundos favoritos dos investidores de alta renda em abril, Clube FII recebe aporte e aposta em educação para fundos imobiliários, Presidente do Itaú: Alta de juros favorece bancos tradicionais e Shell se junta à Exxon com revés de US$ 1 bi em poços no Brasil)

• Opinião Bloomberg: Está contratando? Veja qual é a melhor pergunta para fazer ao candidato

• Pra não ficar de fora: Capa de 1986 de ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas’ deve ser leiloada por US$ 2 mi

⇒ Essa foi uma pequena amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe