Warren Buffett demonstrou que ainda está otimista com os bancos de varejo dos EUA - mas não com o Wells Fargo (WFC).
O investidor bilionário encerrou sua aposta de décadas no Wells Fargo durante o primeiro trimestre deste ano, de acordo com um documento publicado na segunda-feira (16) por sua companhia, Berkshire Hathaway. A empresa também informou novas participações no gigante bancário Citigroup (C).
A Berkshire vendeu suas ações restantes da Wells Fargo após meses de redução de uma participação que já foi classificada como a maior aposta em ações ordinárias do conglomerado. Buffett, que é presidente e CEO da Berkshire, começou a construir o investimento há três décadas e há muito elogia o negócio, se mantendo na empresa mesmo após os escândalos que começaram a surgir em 2016.
A saída de Buffett ocorre quando o CEO da Wells Fargo, Charlie Scharf, continua a lidar com questões regulatórias herdadas e toma medidas para tentar melhorar a eficiência, que incluem cortes de empregos e potenciais vendas. As ações do banco com sede em São Francisco caíram cerca de 12% este ano.
Buffett havia pedido publicamente ao conselho da Wells Fargo que não contratasse um líder de Wall Street. Embora Scharf tenha um histórico de administrar negócios voltados para o consumidor e melhorá-los com o uso de tecnologia, seu currículo inclui ainda bastante tempo no gigante do setor de valores mobiliários JPMorgan Chase (JPM), e mais recentemente a liderança do Bank of New York Mellon Corp.
Scharf também fechou um acordo para trabalhar em Nova York, em vez da sede em São Francisco, uma mudança que o parceiro de negócios de Buffett, Charlie Munger, chamou de “ultrajante”.
– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.
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