Após semana turbulenta, Bolsa sobe com exterior e dólar fica abaixo de R$ 5,10

After Hours: Período foi de grande aversão ao risco, com preocupações de que a alta inflação mine o crescimento econômico global

After hours
13 de Maio, 2022 | 05:27 PM

Bloomberg Línea — Depois de uma semana de forte volatilidade e de queda para ativos de risco, com investidores pesando uma inflação mais elevada e o impacto disso no crescimento da economia mundial, os mercados encerraram esta sexta-feira (13) em alta, com expectativas de um aumento de juros menos agressivo pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos.

No Brasil, o Ibovespa (IBOV) subiu 1,17%, na terceira sessão seguida de ganhos. Na semana, o principal índice de renda variável da Bolsa brasileira acumulou alta de 1,70%. Já o dólar recuou, encerrando a semana negociado a R$ 5,06.

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Por aqui, o destaque positivo recaiu sobre as ações de Yduqs (YDUQ3), que subiram 12,11% nesta sexta, a R$ 11,47. Na sequência dos maiores ganhos, vieram os papéis das aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4), que avançaram 11,79% e 10,65%, respectivamente, negociados a R$ 14,51 e a R$ 20,68.

Do lado oposto, as maiores perdas foram lideradas pelas ações da própria B3 (B3SA3), que caíram 3,61% após o resultado do primeiro trimestre. Cogna Educação (COGN3) e Raia Drogasil (RADL3) vieram depois, com baixas de 2,30% e 1,91%.

Já nos Estados Unidos, depois de afundar quase 20% e flertar com um mercado em baixa, o S&P 500 teve um rali amplo nesta sexta, avançando 2,4%. O índice ainda caminha, contudo, para a sexta semana consecutiva de declínios – a mais longa sequência de derrotas desde junho de 2011.

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Confira como fecharam os mercados nesta sexta-feira (13):

Contexto

Para um mercado atormentado por temores de que um aperto monetário mais agressivo poderia levar a economia a uma recessão, as observações de Jerome Powell, presidente do banco central americano, acabaram acalmando os nervos desgastados e provocando uma recuperação nos ativos de risco derrotados.

Apesar dos fortes ganhos nesta sexta (13), muitos traders ainda não estão convencidos de que as ações atingiram o fundo do poço após uma liquidação que reduziu US$ 10 trilhões dos valores das ações dos EUA em 18 semanas.

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Em vez disso, eles dizem que os investidores ainda devem se preparar para a volatilidade, já que a capacidade do Fed de combater as pressões de preços sem causar um pouso forçado pode depender de fatores fora do controle do banco central.

-- Com informações da Bloomberg News

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.