UCRÂNIA: Guerra afeta o fornecimento de gás via Ucrânia

Preços do gás natural oscilaram depois que o trânsito do combustível russo foi interrompido em uma das principais vias da Ucrânia

Fontes disseram que a UE deve propor um investimento limitado na infraestrutura de seus membros mais dependentes do petróleo e dos oleodutos russos para garantir a segurança de seus suprimentos
Por Bloomberg News
11 de Maio, 2022 | 12:37 PM

Bloomberg — O preço gás natural europeu subiu depois que os fluxos do trânsito russo foram interrompidos através de uma das principais vias na Ucrânia. Mais tarde, os preços apagaram os ganhos à medida que os fluxos aumentaram por outro ponto fronteiriço, e o clima quente também ajudou a restringir a demanda. Esta parece ter sido a primeira vez que a guerra afetou os fluxos de gás russos para a Europa via Ucrânia.

A operadora da rede de gás da Ucrânia disse na terça-feira (10) que deixaria de receber o combustível na estação de medição de gás de Sokhranivka porque não é mais capaz de controlar a infraestrutura nos territórios ocupados.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, viajará para Helsinque, onde dará uma entrevista coletiva às 18h20, no horário local, depois de visitar a Suécia no início do dia.

Gás natural que passa pela Ucrânia

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Zelenskiy pede que Malta acabe com passaportes para russos (19h01)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que é “mais do que a hora” de Malta encerrar seu apoio aos chamados “passaportes dourados”, que normalmente oferecem cidadania às pessoas em troca de investimentos em propriedades ou ativos de uma nação, para os russos.

“Já é hora de acabar com os privilégios para os cidadãos russos”, disse Zelenskiy na terça-feira (10) em um discurso ao parlamento de Malta. Ele também pediu a Malta que bloqueie o acesso dos cidadãos russos a imóveis, contas bancárias e iates, entre outras coisas.

EUA revisa alienação de pagamentos de títulos (19h30)

O Tesouro dos EUA está examinando se estenderá ou não uma exclusão por tempo limitado das medidas de sanções que até agora permitiram à Rússia continuar fazendo pagamentos em seus títulos em moeda estrangeira para evitar calote.

O futuro dessas disposições - que permitem que os detentores americanos de títulos soberanos russos recebam pagamentos da dívida, e atualmente expiram em 25 de maio - estão sendo “ativamente” examinados no momento, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, aos legisladores na terça-feira em resposta a um questionamento.

“Queremos ter certeza de que entendemos quais seriam as possíveis consequências e repercussões de permitir que a licença expire”, disse Yellen.

Governo ocupado em Kherson quer se juntar à Rússia (19h40)

Autoridades de Moscou instaladas na região de Kherson, no sul da Ucrânia, planejam apelar formalmente ao presidente Vladimir Putin para se tornar parte da Rússia, de acordo com a agência russa de notícias, Tass. Este é o primeiro sinal público de que o Kremlin pode anexar seu território ao tomado após sua invasão.

A região não deve realizar um referendo sobre a adesão à Rússia, como a Crimeia fez em 2014, mas apelaria diretamente a Putin para ser anexado, disse a Tass citando Kirill Stremousov, vice-chefe do governo. A anexação não deve acontecer até o final do ano, disse ele.

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A absorção de terras ocupadas confirmaria a ambição da Rússia de tomar permanentemente mais território ucraniano e complicaria ainda mais as negociações de paz, já paralisadas. Autoridades do Kremlin estão planejando a anexação de outras regiões perto de Kherson, informou a Bloomberg News, incluindo Donetsk e Luhansk, mas suas forças ainda não as capturaram completamente. No início da invasão em fevereiro, Putin disse que a Rússia não pretendia ocupar a Ucrânia.

Draghi incentiva Biden a promover negociações de paz (20h20)

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falaram sobre a guerra na Ucrânia na Casa Branca nesta última terça-feira (10). Esta foi a primeira visita de um líder da UE a Washington desde que o combate começou na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Draghi disse que os aliados devem começar a trabalhar nas negociações para um processo de paz duradouro na Ucrânia, mesmo enquanto continuam a sancionar a Rússia por sua invasão do país.

“As pessoas estão perguntando, como podemos acabar com essas atrocidades? Como podemos chegar a um cessar-fogo? No momento é difícil ter respostas para isso, mas precisamos pensar com cuidado sobre essas perguntas”, disse ele a Biden.

Ele disse que Putin falhou em prejudicar a aliança dos EUA com a Europa. Biden disse a Draghi que a Itália tem sido um dos aliados mais próximos dos EUA no confronto com o Kremlin.

A proposta da UE para financiar energia (4h15)

A União Europeia deve propor um investimento limitado na infraestrutura dos Estados membros mais dependentes do petróleo e dos oleodutos russos para garantir a segurança de seus suprimentos, segundo pessoas a par do assunto.

A Hungria vem bloqueando os planos da UE de proibir as importações do petróleo da Rússia até o final do ano, argumentando que precisa de mais tempo e dinheiro para garantir uma transição sustentável, enquanto busca garantias técnicas e de investimento.

A UE não decidiu o tamanho do investimento proposto, que será incluído no pacote “RePowerEU” do bloco - seu plano de US$ 205 bilhões para reduzir o suprimento de energia russo ao continente até 2027.

Gás natural importado proveniente da Rússia, 2020

Hungria contra embargo da UE às importações russas (6h30)

Conversas nos últimos dias entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, mostraram que Bruxelas não tem planos concretos para lidar com o impacto que um embargo ao petróleo russo teria na economia local. O melhor caminho a seguir é que as sanções da União Europeia tenham como alvo apenas as importações de petróleo russo por meio de navios-tanque, disse Szijjarto.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viajou a Budapeste na segunda-feira (9) para tentar convencer o primeiro-ministro Viktor Orban a suspender sua ameaça de veto. O presidente francês Emmanuel Macron falou com o líder húngaro por telefone um dia depois.