Bloomberg — A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que é a favor de aumentos de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros, mas apoiaria altas maiores mais tarde se a inflação não diminuir até o segundo semestre.
“Nós não descartamos 0,75 para sempre, certo? A cadência em que estamos indo agora parece certa para mim”, disse Mester em entrevista com Michael McKee na Bloomberg Television. “Teremos que avaliar se a inflação está realmente caindo, e então poderemos obter mais informações depois de fazermos mais uns dois”, disse ela, referindo-se a aumentos de 0,5 ponto percentual.
Mester, que vota no comitê de política monetária este ano, acrescentou que não quer descartar nenhum movimento. Caso o Fed chegue ao segundo semestre e não haja evidências de alívio da inflação, “talvez tenhamos que acelerar. Mas se virmos a inflação caindo e a demanda caindo mais do que poderíamos prever, podemos ajustar.”
Autoridades do Fed elevaram os juros em meio ponto percentual na semana passada - o maior aumento desde 2000 - e o presidente Jerome Powell sinalizou que continuariam nesse ritmo nas reuniões de junho e julho para conter a inflação.
Powell também rebateu expectativas de que o Fed poderia implantar um aumento maior de 0,75 ponto percentual, e alguns outros dirigentes, como o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, concordam que não deve ser necessário aumentar as taxas tão agressivamente.
Mas algumas autoridades disseram que o Fed não deve tirar nenhuma opção da mesa enquanto luta contra a inflação mais alta em quatro décadas.
Em abril, os consumidores americanos aumentaram para 3,9% suas expectativas de inflação para daqui a três anos, a maior taxa desde dezembro, de acordo com pesquisa divulgada segunda-feira pelo Fed de Nova York. Esse é um sinal potencialmente preocupante para o Fed, já que o banco central tenta manter as expectativas de longo prazo ancoradas.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
Bolsas apagam ganhos após tentativa de recuperação pela manhã
Queda nos preços de ações globais atraem compradores, diz chefe do Goldman
©2022 Bloomberg L.P.