Café recua em meio a receio com consumo na China e no Brasil

Bloqueios na China, principal comprador de commodities, prejudicaram a demanda por café, de acordo com Carlos Mera, analista do Rabobank

No Brasil, segundo maior consumidor de café do mundo, os preços no varejo subiram até 88% nos 12 meses até fevereiro
Por Samuel Gebre
06 de Maio, 2022 | 12:19 PM

Bloomberg — Os contratos futuros do café arábica caíram para a mínima de sete semanas devido às preocupações de que a demanda se contraia na China em meio aos bloqueios para conter a covid-19 e à medida que a guerra na Ucrânia continua a interromper os fluxos comerciais.

Os bloqueios na China, principal comprador de commodities, prejudicaram a demanda por café, de acordo com Carlos Mera, analista do Rabobank.

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Na China, “a parcela do consumo fora de casa é muito alta e está concentrada nas grandes cidades, onde os bloqueios estão ocorrendo”, disse Mera. “Esperamos uma grande queda no consumo de café no país.”

No Brasil, segundo maior consumidor de café do mundo, os preços no varejo subiram até 88% nos 12 meses até fevereiro, o que pode enfraquecer a demanda, acrescentou. A alta da inflação e a desaceleração da economia também devem conter o consumo de café no Brasil.

Enquanto isso, a guerra na Ucrânia continua a perturbar os fluxos comerciais. As exportações de café do Brasil para a Rússia e a Ucrânia caíram 72% e 62%, respectivamente em março, em relação ao mês anterior, de acordo com dados do grupo exportador Cecafe e Hedgepoint Global Markets.

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