Fortuna de David Vélez cai quase US$ 4 bilhões diante das dificuldades do Nubank

Vélez chegou a ser o homem mais rico da Colômbia em 2021, mas não manteve o status, segundo o Bloomberg Billionaires Index

Os ativos do colombiano agora são estimados em cerca de US$ 5,4 bilhões
04 de Maio, 2022 | 09:53 AM

Bloomberg Línea — --Corrige grafia para US$ 4 bilhões, em vez de US$ 4 milhões no título

A fortuna do colombiano David Vélez caiu quase US$ 4 bilhões em meio às dificuldades que o Nubank (NU) atravessa para convencer o mercado de que pode continuar crescendo, o que refletiu em uma queda de 34% desde sua oferta pública inicial (IPO).

David Vélez, cofundador do neobanco brasileiro, viu sua fortuna cair cerca de US$ 3,9 bilhões até agora este ano, segundo dados atualizados da Bloomberg.

Os ativos do colombiano estão estimados em cerca de US$ 5,4 bilhões, uma queda de 8,2% em relação ao dia anterior. Esta queda até agora este ano tem sido associada a um sinal claro das dificuldades que o banco teve em convencer o mercado.

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Vélez se tornou o homem mais rico da Colômbia no final de 2021, mas não conseguiu se consolidar no Bloomberg Billionaires Index.

O neobanco, com cerca de 54 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, perdeu cerca de um terço de seu valor de mercado desde que abriu seu capital no ano passado. No início do mês passado, obteve uma linha de crédito de US$ 650 milhões para investir no desenvolvimento de sua marca no México e na Colômbia, onde atua com o nome Nu.

O Nubank disse na época que investiria esses recursos em desenvolvimento de tecnologia e inovação de produtos, aumentando a base de clientes e atraindo talentos.

A empresa informou que esses recursos são provenientes de uma linha de crédito em moeda local, por três anos, financiada pelo Morgan Stanley, Citi, Goldman Sachs e HSBC. As ações da Nu Holdings fecharam terça-feira (3) em Wall Street a US$ 5,47, queda de 8,22% em relação ao dia anterior. Os títulos da empresa registraram queda de 13,31% em cinco dias e de 30,32% em um mês.

Segundo cálculos da Bloomberg, um total de US$ 26 bilhões em ações do Nubank poderá ser negociado no mercado após o término da restrição à venda em 17 de maio. Isso representa um novo desafio para o neobanco brasileiro, fundado em 2013 no Brasil e apoiado por investidores como a Sequoia Capital.

No entanto, em termos gerais, as ações de tecnologia tiveram dias difíceis em Wall Street devido à incerteza gerada por possíveis taxas de juros mais altas nos EUA.

Na terça-feira (3) as bolsas de Nova York fechou em alta após o Dow Jones dos Industriais avançar para 33.128,79 pontos, alta de 0,20%. Enquanto isso, o S&P 500 atingiu 4.175,48 pontos, avançando 0,48%, e o índice Nasdaq, que reúne vários dos principais grupos de tecnologia, subia 0,22% e terminou o dia em 12.563,76 pontos.

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– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, Content Producer da Bloomberg Línea.

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Daniel Salazar

Profissional de comunicação e jornalista com ênfase em economia e finanças. Participou do programa de jornalismo econômico da agência Efe, da Universidad Externado, do Banco Santander e da Universia. Ex-editor de negócios da Revista Dinero e da Mesa América da Efe.