BlackRock busca até US$ 4 bilhões para fundo de crédito privado

Veículo vai fornecer financiamento a tomadores excluídos dos mercados de dívida tradicionais devido a dificuldades financeiras e outros fatores

Essas estratégias vêm ganhando popularidade nos últimos anos entre investidores institucionais que buscam retornos mais altos em um ambiente de baixo rendimento.
Por Eliza Ronalds-Hannon
04 de Maio, 2022 | 09:59 AM

Bloomberg — A maior gestora de ativos do mundo pretende levantar cerca de US$ 4 bilhões para a última safra de seu fundo Global Credit Opportunities, à medida que o mercado de instrumentos de crédito privado aumenta para mais de US$ 1 trilhão.

A BlackRock (BLK) já levantou cerca de US$ 2 bilhões - metade do valor visado - para o novo fundo de crédito privado, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, que pediu para não ser identificada.

PUBLICIDADE

O veículo terá um foco semelhante ao principal fundo GCO da BlackRock. Ele fornecerá financiamento a tomadores excluídos dos mercados de dívida tradicionais devido a dificuldades financeiras, tamanho ou outros fatores. Um representante da BlackRock não quis comentar.

Em 2019, a BlackRock levantou cerca de US$ 2 bilhões para seu fundo GCO, focado em investimentos de menor liquidez, oportunistas, ativos sob estresse e situações especiais.

Essas estratégias vêm ganhando popularidade nos últimos anos entre investidores institucionais que buscam retornos mais altos em um ambiente de baixo rendimento.

PUBLICIDADE

Os fundos de crédito privado também ganharam espaço no mercado de empréstimos alavancados, onde passaram a financiar aquisições alavancadas e outros negócios normalmente financiados por bancos.

Os fundos de crédito privado devem se tornar a segunda maior classe de ativos de capital privado até 2023, atrás apenas de private equity, de acordo com a empresa de pesquisa Preqin. Até 2026, os ativos sob gestão podem chegar a US$ 2,69 trilhões, prevê a Preqin.

O fundo GCO da BlackRock é visto como uma estratégia irmã de seu fundo de hedge Credit Alpha, que é estruturado como um veículo de longo prazo e aberto. Tanto o Credit Alpha quanto o fundo GCO são liderados por David Trucano, que ingressou na BlackRock em 2012.

PUBLICIDADE

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Rumo a um ano de pesadelo? Esses são os investimentos da Tiger Global no Brasil