As ações preferidas de maio

Também no Breakfast: Mercados voláteis à espera de decisões sobre juros; Traders do Goldman ganharam US$ 100 mi ao dia em parte do 1º tri e Marca Itaú é avaliada em US$ 8 bi, a mais valiosa do país

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Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Com as atenções dos investidores voltada aos balanços trimestrais e ao cenário de juros em alta no Brasil e nos Estados Unidos, analistas têm recomendado as ações de empresas e setores capazes de repassar a alta de custos com maior facilidade.

Neste cenário, a preferência fica sobre papéis de valor (“value stocks”, cujos preços estão inferiores ao seu valor intrínseco) em detrimento dos ações de empresas de crescimento (“growth stocks”, que exibem múltiplos elevados), estas últimas mais sensíveis à alta dos juros.

A carteira compilada pela Bloomberg Línea com base na recomendação de 14 corretoras mostra a preferência por blue chips como Vale e Petrobras, bem como ações de grandes bancos, commodities e empresas focadas no consumo de alta renda.

🟢 Confira as demais empresas selecionadas por Ágora, Ativa, Banco Inter, BB Investimentos, BTG Pactual, Elite, Genial, Guide, Órama, RB Investimentos, Santander Corretora, Toro, Warren e XP Investimentos.

Na trilha dos Mercados

Começa hoje o mais esperado evento da semana: a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). O mercado espera que amanhã o banco central aplique a maior alta de juros nos Estados Unidos desde o ano 2000, de 0,5 ponto porcentual. A expectativa é de que o Fed seja agressivo em sua política de juros até que inflação seja contida.

Para debelar a inflação, que vem batendo sucessivos recordes ao redor do globo, uma série de bancos centrais vem utilizando como tratamento o aumento das taxas, além de restringir a liquidez dos mercados.

🇦🇺 Esta madrugada, por exemplo, a Austrália elevou seus juros em 0,25 ponto percentual, para 0,35%, um ritmo mais acelerado do que os economistas previam. O banco central australiano também lançou um aviso: novos aumentos serão necessários nos próximos meses.

🏦 Amanhã, quarta-feira, além do Fed, o Banco Central do Brasil deve anunciar um incremento de 1 ponto porcentual de sua taxa Selic, para 12,75%. Na quinta-feira é a vez do Banco Central Europeu (BCE) decidir o que fazer com o custo do dinheiro - a instituição presidida por Christine Lagarde tem sido mais relutante em tomar uma medida enérgica de aperto monetário, sobretudo com a guerra na Ucrânia ameaçando as economias da Europa.

📊 Os resultados empresariais também aparecem no radar dos investidores, com Pfizer, AMD, Airbnb, BNP Paribas e DuPont entre as cifras programadas.

✳️ Voláteis, os futuros de índices nos EUA subiam muito discretamente, quase no zero a zero. Ao mesmo tempo, os títulos do Tesouro perdiam valor, refletindo a espera de taxas de juros mais pronunciadas depois da reunião do Fed. O rendimento dos bônus de 10 anos do governo norte-americano se situava em 3%, tendo alcançado uma marca histórica ontem. Entre outros países, como a Alemanha, os prêmios dos bônus também avançavam.

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones (+0,26%), S&P 500 (+0,57%), Nasdaq Composite (+1,63%), Stoxx 600 (-1,46%), Ibovespa (-1,15%)

A busca por barganhas salvou um dia que indicava um fechamento negativo. No radar dos investidores o destaque foi a reunião do Fed, programada para hoje e amanhã. O receio de uma desaceleração econômica e de uma inflação persistente continua pesando no ânimo do mercado, que aguarda um aumento de 50 pontos base no juro pelo banco central norte-americano.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

• Feriados: China (Dia do Trabalho), Japão (Dia da Constituição)

• EUA: Índice Redbook; Encomendas à Indústria/Mar; Ofertas de Emprego JOLTs/Mar; Estoques de Petróleo Bruto Semanal API

• Europa: Zona do Euro (Encontro do Eurogrupo; IPP/Mar; Taxa de Desemprego/Mar); Alemanha (Taxa de Desemprego/Abr); Reino Unido (PMI Industrial/Abr; Índice BRC de Preços Praticados no Varejo)

• Ásia: Hong Kong (PIB/1T22)

• América Latina: Brasil (Produção Industrial/Mar)

• Bancos Centrais: Decisão sobre juros da Austrália. Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.

• Balanços: Pfizer, Norsk Hydro, AMD, S&P Global, Airbnb, Estee Lauder, Starbucks, BP, BNP Paribas, Eaton, Deutsche Post, Marathon Petroleum, AIG, KKR, Hilton, DuPont, Teva, Lyft

📌 E para amanhã:

• Feriados: Japão e China

• Bancos centrais: Decisões de política monetária do FOMC/Fed e do Banco Central do Brasil. Começa a reunião do BCE sobre juros. Discursos de Burkhard Balz e Joachim Wuermeling (Bundesbank) e de Sam Woods (BoE)

• Indicadores PMI: EUA, China, Zona do Euro, Alemanha, França, Espanha, Itália, Brasil

• EUA: Balança Comercial/Mar); Pedidos e Juros de Hipotecas MBA; Índice de Compras MBA; Variação de Empregos Privados ADP/Abr; ISM do Setor de Não-Manufatura/Abr; Atividade das refinarias de Petróleo pela EIA (Semanal); Estoques de Petróleo Bruto; Despesas de Consumo Pessoal (PCE) - Fed Dallas/Mar; Total de Vendas de Veículos

• Europa: Zona do Euro (Vendas no Varejo/Mar); Alemanha (Saldo das Transações Correntes sem Ajuste Sazonal/Mar); França (Balanço Orçamentário do Governo/Mar); Reino Unido (Crédito ao Consumidor BoE/Mar; Massa Monetária - M4/Mar); Aprovações de Hipotecas/Mar)

• América Latina: Brasil (IPC-Fipe/Abr; Fluxo Cambial Estrangeiro)

• Balanços: Equinor, Maersk, Vestas, CVS, Volkswagen, Booking, Airbus, Regeneron, Enel, Uber, Marriott, Moderna, Pioneer, Barrick, Ferrari, Cheniere, EDF, eBay, Etsy, Chesapeake, Telecom Italia, Raiffeisen

Destaques da Bloomberg Línea

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Também é importante

Esta é a Viatina, a vaca mais cara do mundo, avaliada em R$ 8 milhões. Investimento, estratégia de negócios ou prazer. Não é possível determinar as motivações que levaram o pecuarista mineiro Ney Pereira, proprietário da Agropecuária Napemo, a desembolsar quase R$ 4 milhões para adquirir 50% da vaca da raça Nelore Viatina-19 FIV Mara Móveis, mas o fato é que ele entrou para a história por deter, pelo menos em parte, uma parcela da vaca mais cara do mundo.

• Marca do Itaú é avaliada em US$ 8 bi, a mais valiosa do país, diz estudo. Com um valor de mercado de US$ 8 bilhões, o Itaú é a marca mais valiosa do Brasil, conforme o estudo BrandZ Brasil 2021/22, produzido pela Kantar. O setor bancário corresponde por 25% do ranking, com total de US$ 19,5 bilhões de valor de mercado, entre as 50 empresas elencadas em 15 categorias. O setor de bebidas alcoólicas vem na sequência, com 23% e US$ 18,1 bilhões, e varejo, 13% e US$ 10,2 bilhões.

Copom deve subir juros para 12,75% e manter a porta aberta para novo aperto. O Copom deve elevar amanhã a Selic em 1 ponto percentual, para 12,75% como já sinalizado, e manter a porta aberta a novo aperto, segundo economistas de grandes bancos. Eles apontam a alta da inflação, que passou de 12% anuais, e a piora das expectativas como os principais pontos para que o BC não sinalize o fim do ciclo de alta - mesmo que o próximo ajuste seja em ritmo mais lento.

Empresa que monitora lavouras em tempo real pode virar 1º unicórnio agro do país. A Solinftec deu um importante passo para se transformar na primeira Agtech do Brasil a se transformar em unicórnio. A empresa com sede em Araçatuba, que colhe e processa dados de lavouras em tempo real, anunciou a captação de US$ 60 milhões em debêntures, que serão conversíveis em ações na terceira rodada de investimentos. Atualmente, a empresa já monitora 11 milhões de hectares no Brasil, Colômbia e EUA e tem receita contratada de R$ 200 milhões.

Opinião Bloomberg

Será o Mickey Mouse o mau presságio do progressismo corporativo?

A história recente dos negócios tem sido uma busca cada vez mais desesperada por legitimidade popular, principalmente nos Estados Unidos. O sábio da administração Michael Porter fala sobre “capitalismo de valor compartilhado”. A hiperconectada Lynn de Rothschild defende o “capitalismo inclusivo”. Uma falange de empresários líderes fala sobre “capitalismo consciente” (John Mackey, cofundador da Whole Foods), “capitalismo compassivo” (Marc Benioff, CEO da Sales Force) e “capitalismo JUSTO” (o bilionário de hedge funds, Paul Tudor Jones) . Os epítetos podem mudar, mas o medo subjacente é o mesmo: que o capitalismo perca sua licença para operar a menos que adote uma mudança corporativa de longo alcance.

Pra não ficar de fora

A Porsche, marca de carros esportivos da Volkswagen AG, está perto de chegar a um acordo para entrar na Fórmula 1, enquanto as iniciativas da Audi sobre o assunto estão menos avançadas por enquanto.

Os planos da Porsche são “bastante concretos”, disse o presidente-executivo da VW, Herbert Diess, nesta segunda-feira (2), durante uma reunião em Wolfsburg, na Alemanha, com moradores locais. Embora Diess não tenha fornecido mais detalhes, foi relatado que o fabricante do carro esportivo 911 está conversando com a Red Bull Racing sobre uma parceria.

✳️ O plano da Audi para a Fórmula 1, que inclui negociações com a fabricante britânica de carros esportivos McLaren, ainda não avançou nas decisões sobre os parâmetros para fazê-lo ou em qual equipe se juntar, disse ele.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe

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