Bloomberg — Goldman Sachs (GS) disse que seus traders ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões pelo menos uma vez a cada dois dias no primeiro trimestre, em mais um vislumbre de ganhos extraordinária em mercados tumultuados pela guerra e ações imprevisíveis de bancos centrais.
A divisão de trading do banco registrou mais de US$ 100 milhões diários de receita em 32 dias, disse o banco em comunicado junto a reguladores segunda-feira, ou pouco mais da metade do total de dias úteis nos três meses até março. Foi a melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2011, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os últimos dois anos representaram uma virada na sorte das mesas de operação que anteriormente enfrentavam o risco de mais cortes. As restrições regulatórias e os esforços para automatizar as negociações haviam reduzido as oportunidades de obter ganhos enormes e pressionavam executivos a reduzir as operações.
Isso mudou com o início da pandemia, que ofereceu oportunidades recordes de ganhar dinheiro.
Agora, investidores avaliam ao mesmo tempo as consequências da guerra, ações de bancos centrais para domar a inflação e os efeitos ainda persistentes da disseminação da covid-19. E as mesas dos bancos foram capazes de usar isso para lucrar.
O Goldman liderou o grupo de grandes bancos em desafiar as expectativas de desaceleração no último trimestre. Seus operadores se aproveitaram de deslocamentos em commodities, moedas e outros mercados que se tornaram mais agudos com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Uma medida disso: levou apenas três meses de 2022 para o Goldman ter tantos dias faturando mais de US$ 100 milhões diários quanto nos três anos anteriores à pandemia.
O Goldman reportou US$ 7,9 bilhões de receita de trading no primeiro trimestre, 61% de sua receita total.
Operadores do banco sediado em Nova York ajudaram a compensar o desempenho ruim em outras partes do negócio, como a gestão de ativos, que naufragou entre os mercados em queda.
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