Bloomberg — A Porsche, marca de carros esportivos da Volkswagen AG, está perto de chegar a um acordo para entrar na Fórmula 1, enquanto as iniciativas da Audi sobre o assunto estão menos avançadas por enquanto.
Os planos da Porsche são “bastante concretos”, disse o presidente-executivo da VW, Herbert Diess, nesta segunda-feira (2), durante uma reunião em Wolfsburg, na Alemanha, com moradores locais. Embora Diess não tenha fornecido mais detalhes, foi relatado que o fabricante do carro esportivo 911 está conversando com a Red Bull Racing sobre uma parceria.
O plano da Audi para a Fórmula 1, que inclui negociações com a fabricante britânica de carros esportivos McLaren, ainda não avançou nas decisões sobre os parâmetros para fazê-lo ou em qual equipe se juntar, disse ele.
“De acordo com as duas marcas premium, a Fórmula 1 é a alavanca mais importante para impulsionar o valor da marca”, disse Diess. “Com planos para uma presença maior na China e nos Estados Unidos, a atração como o maior show de automobilismo só vai crescer.”
No mês passado, o conselho de supervisão da VW apoiou uma iniciativa para que marcas de carros de luxo potencialmente se juntem à competição a partir de 2026. A Fórmula 1 pretende mudar para combustíveis sintéticos a partir do mesmo ano como parte de um plano para se tornar neutra em carbono até o final da década, e a mudança de tecnologia é uma oportunidade única para começar a competir na franquia dominada pela Mercedes.
“Agora existe uma janela tecnológica para se tornar parte disso”, disse Diess. “Caso contrário, a próxima opção é provavelmente daqui a uma década.”
Tanto a Porsche quanto a Audi começaram a trabalhar nos motores da F1, disse ele, acrescentando que a decisão do conselho de dar luz verde às negociações formais não foi unânime. A VW está buscando o maior lançamento de carros elétricos do setor, incluindo um plano da Audi de desenvolver apenas novos modelos movidos a bateria a partir de 2026.
As marcas conseguiram apresentar um “case de negócios positivo” para entrar na categoria, já que “com a Fórmula 1 recebemos mais dinheiro de Stuttgart e Ingolstadt do que sem a Fórmula 1″, disse Diess, referindo-se às respectivas sedes da Porsche e da Audi.
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