O que vale mais a pena: comprar ou alugar um carro?

Sete países da América Latina estão entre os dez mais caros do mundo para comprar um carro; não seria mais barato alugar um temporariamente?

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Bloomberg Línea — Comprar um carro na maioria dos países da América Latina é praticamente um luxo, e isso foi demonstrado por um estudo da empresa britânica Scrap Car Comparison, que coloca sete países da região entre os dez mais caros do mundo para comprar e manter um veículo em comparação com os salários médios da população.

O que é mais caro? Comprar ou alugar um carro? A Bloomberg Línea fez um levantamento de quanto custaria dirigir um Toyota Corolla adquirido ou alugado nas quatro principais economias da América Latina.

A aquisição de um Corolla 0 km pode variar de US$ 18 mil a US$ 30 mil, valor que não contempla impostos e taxas de licenciamento, entre outras despesas. Tudo isso além da manutenção (seguros, serviços e outros custos de acessórios).

Enquanto o aluguel de um carro dessa faixa esteja em torno de US$ 50 ou US$ 60 por dia em países como Colômbia, México ou Brasil, o valor salta para US$ 120 no caso da Argentina.

Argentina

De acordo com o estudo da Scrap Car Comparison, a Argentina é o segundo país mais caro do mundo para comprar e manter um carro, depois da Turquia. No nosso vizinho, é preciso usar 515,77% do salário médio anual para poder comprar e manter um carro, tendo como referência o Toyota Corolla e o Volkswagen Golf.

Na Argentina, comprar um Corolla custa 3.596.000,00 pesos argentinos, segundo a lista oficial da montadora japonesa. Na cotação oficial, esse valor equivale a US$31.400. No entanto, o cidadão argentino médio costuma tomar como referência a cotação alternativa do dólar. Nesse sentido, usando a cotação MEP (que decorre da compra de um título em pesos e sua venda em dólares), o Corolla custa cerca de US$ 17.400. Esse valor não contempla os custos de retirada do carro da concessionária.

Enquanto isso, alugar um Corolla custa cerca de US$ 120 por dia, de acordo com o site Rentalcars.com. O valor do aluguel diário é o dobro de outros países da América Latina.

En tanto, alquilar un Corolla cuesta unos US$120 diarios según valores del sitio Rentalcars.com. El precio de rentar un carro es el doble aquí que en otros países latinoamericanos.

Brasil

O preço de tabela do Toyota Corolla GLI no Brasil (1º PIB da América Latina) é de R$ 145.350, incluindo frete, o que equivale a cerca de US$ 30.453,82.

No ranking, o Brasil aparece como o quinto país mais caro do mundo para comprar e manter um carro. Um trabalhador deve destinar 441,89% de seu salário médio anual para isso.

Por outro lado, alugar um Corolla ou modelo similar no aeroporto de São Paulo tem custo diário de cerca de US$ 50.

Colômbia

Na quarta maior economia da região, comprar e manter um carro também representa uma despesa significativa: equivale a 508,93% de um salário médio anual.

Da mesma forma, para comprar um Corolla pelo preço de tabela, você deve ter no mínimo 86.900.000 pesos colombianos, dependendo do modelo. Isso equivale a cerca de US$ 22.957. Algumas versões desse mesmo carro chegam a US$ 25 mil no país.

Por outro lado, não foi fácil encontrar modelos de Corolla para alugar na Colômbia, por isso foram escolhidos veículos com características semelhantes. Em Barranquilla, um Mazda 3 custa US$ 75 por dia.

México

No México (segunda maior economia da região), um Toyota Corolla custa a partir de US$ 18 mil, preço significativamente mais baixo que o observado nos outros países. No entanto, de acordo com o ranking, este país é o nono mais caro do mundo para adquirir e manter um veículo (285,20% de um salário médio anual, novamente, bem abaixo dos outros exemplos).

E alugar um Corolla na Cidade do México custa cerca de US$ 57 por dia, de acordo com a Rentalcars.com.

Fora das quatro principais economias da região, há outros quatro países que estão entre os mais caros do mundo para comprar um carro, se comparado ao salário médio anual. O Uruguai ocupa a quarta posição no ranking; Guatemala, a sétima; e Costa Rica, a décima.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.