1º Carnaval do Metaverso: Maior camarote da Sapucaí terá palco virtual

Com tom futurístico, o primeiro evento que mescla Carnaval do Rio e Metaverso ocorre neste sábado (30)

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Bloomberg Línea — 15h35 -- Corrige para tirar a informação de que ambiente virtual também terá o Desfile das Campeãs

A expansão da realidade virtual tem tomado proporções cada vez mais vez maiores, e o Metaverso - esta espécie de mundo digital que está cada vez mais real - agora chegou ao Carnaval, mais especificamente à Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.

Com tom futurístico, o primeiro evento que mescla Carnaval do Rio e Metaverso ocorre neste sábado (30), dia do Desfile das Escolas de Samba campeãs deste ano. O Nosso Camarote, maior camarote em dimensão do sambódromo carioca, em parceria com a Femtech Iara Land, terá seu próprio espaço no Sandbox e no Decentraland, tornando-se o primeiro do carnaval brasileiro a ter presença no ecossistema Web 3.0.

O evento permitirá que o público - virtualmente, claro - visite os corredores do camarote na Sapucaí e veja a exposição da coleção de NFTs (os tokens não fungíveis) “Mulheres do Samba”. A coleção homenageará inicialmente Leci Brandão, Clementina de Jesus, Leny Andrade e Áurea Martins com artes digitais à venda durante o Desfile das Campeãs.

O Nosso Camarote é também o primeiro camarote a ter uma avatar como musa. A Princess AI (Aiana), avatar desenvolvida pelo designer digital Cairê Moreira em parceria com a BRIFW, com trajes inspirado no estilo punk digital com o abadá oficial.

O acesso ao metaverso do Carnaval será gratuito, bastando apenas que o usuário esteja cadastrado nas plataformas que irão sediar a experiência. O Nosso Camarote teve cerca de 13.500 pessoas entre os dois dias de desfile do grupo especial na Sapucaí nos dias 22 e 23 de abril.

Metaverso?

O metaverso teve sua fama catapultada depois que o dono da Meta (FB), holding do Facebook, Mark Zuckerberg, declarou que estava intensificando seus investimentos na nova tecnologia, no ano passado. A plataforma de realidade virtual é capaz de reproduzir situações reais e promover comunicação e interação entre as pessoas no meio digital como se estivessem na mesma realidade física.

No Brasil, algumas corretoras aproveitam para surfar nesta onda, com ativos voltados para o novo ambiente digital. É o caso do fundo de índice (ETF) NFTS11, que investe nos tokens do setor de mída e entretenimento localizados nas principais plataformas do metaverso, onde as NFTs são criadas e negociadas, lançado nesta segunda (4) pela Investo.

Entre as principais criptomoedas listadas no índice estão a Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity Shards, Gala, Basic Attention Token, Chiliz e Enjin Coin. Com taxa de administração de 0,75% ao ano, o NFTS11 possui suas cotas negociadas próximas dos R$ 100 na B3.

Outros produtos já disponíveis no mercado brasileiro para investir no segmento incluem os fundos de investimento e até Certificados de Operações Estruturadas (COEs), como o Autocall Metaverso – o primeiro produto de investimento focado no metaverso do Itaú (ITUB4), lançado em fevereiro.

Prefeitura do Rio mira em 2023

A Prefeitura do Rio de Janeiro também já estuda como expandir o “maior espetáculo da Terra” para a realidade virtual. A presidente da Riotur (empresa de turismo do município), Daniela Maia, disse à plataforma PanoramaCrypto que as conversas para levar o Carnaval para o metaverso estão se iniciando e já tiveram aprovação das instâncias municipais.

O plano é, a partir de 2023 levar os desfiles das Escolas de Samba da Marquês de Sapucaí para acontecerem também no espaço digital, com direito a fantasias e desfiles das escolas para quem estiver naquele ambiente. “Seria uma forma de quem está no Japão, por exemplo, desfilar na Mangueira ou na Portela. Eles poderiam entrar na avenida, ter uma fantasia, e desfilar… Tudo num ambiente digital”, disse Maia ao PanoramaCrypto.

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