Amazon reporta prejuízo e ações caem 10% no pós-mercado

Gigante de tecnologia e e-commerce teve seu primeiro prejuízo desde 2015 e projeta crescimento mais lento

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Bloomberg — A Amazon (AMZN) projeta um crescimento lento de vendas no segundo trimestre. A maior varejista online luta para aproveitar os ganhos dramáticos que obteve no início da pandemia. As ações caíram cerca de 10% em negociações de pós-mercado em Nova York.

A receita esperada é de US$ 116 bilhões a US$ 121 bilhões no período que termina em junho, disse a Amazon nesta quinta-feira (28) em comunicado. Analistas, em média, estimavam US$ 125 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A Amazon vem enfrentando o aumento dos custos de energia e mão de obra e a mudança de hábitos de compras à medida que as pessoas retornam às atividades pré-pandemia. A empresa começou na quinta-feira a lançar uma taxa de 5% cobrada de vendedores independentes em seu site que usam seus serviços de remessa, uma medida projetada para diminuir o impacto da inflação e o aumento dos custos de combustível. No início deste ano, a Amazon elevou o preço de seu programa de envio rápido Prime em US$ 20 para US$ 139 por ano nos EUA.

Apesar dessas pressões, os analistas de Wall Street têm sido quase unânimes em seu otimismo sobre as perspectivas da Amazon, citando os investimentos maciços da empresa em capacidade de manuseio e entrega de pacotes e o crescimento contínuo em seus negócios altamente lucrativos de computação em nuvem e publicidade.

“A pandemia e a guerra subsequente na Ucrânia trouxeram crescimento e desafios incomuns”, disse o CEO Andy Jassy no comunicado. “Como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento. Nós sabemos como fazer isso e já fizemos isso antes. Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos em andamento.”

As vendas aumentaram 7,3%, para US$ 116,4 bilhões, atendendo às estimativas dos analistas. Esse é o ritmo de crescimento mais lento desde 2001 e marca a primeira vez que a Amazon registrou trimestres consecutivos de menos de 10% de crescimento de receita.

A empresa também registrou prejuízo líquido de US$ 3,8 bilhões, ou US$ 7,56 por ação, em comparação com lucro de US$ 8,1 bilhões, ou US$ 15,79 por ação, no período do ano anterior. A Amazon disse que incluiu um prejuízo de US$ 7,6 bilhões em despesas não operacionais de seu investimento na Rivian. Foi o primeiro prejuízo líquido da empresa em sete anos.

As ações caíram para um mínimo de US$ 2.560 em negociações pós-mercado, após fecharem em US$ 2.891,93 em Nova York. O papel acumula perda de 13% este ano em meio a um amplo declínio no S&P 500.

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