Bloomberg — O petróleo oscilou entre ganhos e perdas à medida que os investidores avaliavam o impacto do surto de covid-19 da China sobre as perspectivas da demanda global.
Os futuros do West Texas Intermediate subiram 0,3% após uma queda anterior de 1,5% em um pregão agitado. O banco central da China prometeu aumentar o apoio à economia, já que as autoridades de Pequim expandiram os testes para a maior parte da cidade, aumentando os temores de que a capital possa entrar em lockdown. O retorno da covid afetou o consumo de combustível no maior importador de petróleo do mundo.
Com os preços de curto prazo sob pressão, a estrutura da curva de futuros do Brent enfraqueceu significativamente nos últimos dias, indicando que as preocupações com a escassez de oferta diminuíram. O spread imediato do Brent teve seu fechamento mais fraco neste ano na segunda-feira (25) – movimento agravado pela demanda chinesa mais fraca.
“A chave para o mercado é como a situação em Pequim se desenrolará nos próximos dias e semanas”, disseram os analistas do ING Bank Warren Patterson e Wenyu Yao em nota aos clientes. “O risco é que, se observarmos um lockdown prolongado em Pequim, semelhante ao que vimos em Xangai, a demanda também permanecerá sob pressão até maio.”
Preços
- O WTI para entrega em junho caiu 0,3%, chegando a US$ 98,87 por barril às 7h58 de Brasília.
- O Brent para liquidação em junho subiu 0,6%, chegando a US$ 102,91, após cair 4,1% na segunda-feira.
Autoridades chinesas disseram na noite de segunda-feira que os testes seriam realizados em mais 11 dos 16 distritos de Pequim, além de Chaoyang, onde a maioria das infecções foi detectada desde sexta-feira (22). O lockdown de Xangai, que já dura semanas, se tornou ainda mais rigoroso, com trabalhadores em trajes de proteção se espalhando para instalar cercas de aço em torno de edifícios com casos positivos no fim de semana.
Na Rússia, a Rosneft PJSC não conseguiu vencer uma licitação para vender milhões de barris de petróleo dos Urais, já que os compradores europeus continuam afastados devido à guerra na Ucrânia, segundo traders. As refinarias asiáticas também estão evitando o Sokol do Extremo Oriente da Rússia depois que sanções foram impostas a uma transportadora que envia as cargas.
--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
© 2022 Bloomberg L.P.