Bloomberg — Os preços do petróleo mostravam uma recuperação parcial, depois de caírem 4% nesta segunda-feira (11), com traders avaliando as perspectivas de demanda da China após a flexibilização de algumas restrições de vírus no centro financeiro de Xangai.
Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) subiam mais de 3% perto das 8h, horário de Brasília, negociados acima de US$ 97 por barril. Xangai facilitou os lockdowns para alguns complexos habitacionais, mas a maioria das pessoas ainda permanece confinada em suas casas, e as autoridades indicaram que podem voltar a impor as restrições se os casos de vírus aumentarem. O petróleo já apagou quase todos os seus ganhos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no final de fevereiro.
A estrutura do mercado abrandou acentuadamente nas últimas semanas, à medida que o aumento no preço dos barris físicos após o início da guerra deu lugar a condições mais calmas. Os diferenciais de fornecimento do Oriente Médio para a África Ocidental diminuíram.
Os preços do petróleo caíram recentemente devido à liberação planejada de reservas de emergência, o ressurgimento do covid-19 na China - gerando preocupações sobre a demanda - e a incerteza de que as exportações russas se manterão, de acordo com Helge Andre Martinsen, analista sênior de petróleo da Banco DNB ASA.
“O risco de preço está inclinado para o lado positivo, já que as sanções ocidentais continuarão a aumentar devido à contínua agressão da Rússia”, disse ele em relatório.
O mercado de petróleo passou por um período tumultuado de negociações desde o final de fevereiro, prejudicado pela invasão de seu vizinho pela Rússia, tensões crescentes no Oriente Médio, o surto de vírus na China e a política monetária mais rígida dos EUA. O aumento na volatilidade estimulou uma crise de liquidez à medida que as bolsas aumentaram suas exigências de margem, embora parte desse movimento agora esteja se revertendo, com o CME Group cortando as margens do WTI em quase 8%.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em maio subia 3,3% para US$ 97,42 por barril
- O Brent para liquidação de junho avançava 3,3%, para US$ 101,75
A invasão atiçou a inflação e levou os EUA e seus aliados a liberar reservas estratégicas para controlar o aumento dos preços da energia. Enquanto isso, o principal diplomata da Opep disse às autoridades da União Europeia que a atual crise nos mercados globais de petróleo causada pela guerra da Rússia está além do controle do grupo.
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