Bloomberg — Os preços do petróleo retomavam a trajetória de queda com a piora do ressurgimento do vírus na China aumentando as preocupações com a demanda do maior importador de petróleo do mundo.
Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) caíam abaixo de US$ 96 por barril. Os casos de vírus continuam subindo em Xangai e não há clareza sobre sobre quando as restrições serão suspensas. O surto levou a interrupções nos portos e algumas refinarias a reduzir as taxas de operação.
O petróleo agora recuou da alta vista desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no final de fevereiro, após um período tumultuado de negociações. Uma estrutura enfraquecida na curva de futuros nos últimos dias apontou para a diminuição das preocupações com a falta de oferta. A guerra abalou a inflação e levou os EUA e seus aliados a liberar reservas estratégicas para esfriar os preços.
Xangai registrou um recorde de mais de 26 mil novos casos no domingo e a metrópole do sul de Guangzhou está implementando uma série de restrições, com a China lutando para impedir a propagação da variante omicron enquanto segue sua estratégia Covid Zero. Os analistas de petróleo continuam cortando as previsões de demanda à medida que o surto restringe as viagens.
“São sobretudo as más notícias da China que pesam sobre os preços, pois o número de casos de Covid continua a aumentar”, disse Barbara Lambrecht, analista do Commerzbank AG. “Os lockdowns que estão diminuindo a demanda por petróleo no segundo maior país consumidor do mundo ameaçam persistir por ainda mais tempo.”
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em maio caía 2,6%, para US$ 95,75 o barril às 7h20, horário de Brasília.
- O Brent para liquidação de junho recuava 2,4%, para US$ 100,31.
Os preços de fábrica na China subiram mais do que o esperado no mês passado, com a alta do petróleo, pressionando os fabricantes que já estão lutando para operar em meio a repetidos surtos de vírus.
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