Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) seguiu o pessimismo nos mercados internacionais de ações na tarde desta segunda-feira e recua junto com as ações de Vale (VALE3), Petrobras (PETR3; PETR4) e commodities em geral.
Já o dólar continua pressionado no Brasil, no patamar de R$ 4,70, seguindo as taxas de juros mais curtas depois que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu “surpresa” com os últimos dados de inflação, o que foi interpretado pelo mercado como possibilidade de aumento de juros depois de maio.
Segundo Campos Neto, o BC vai analisar se as surpresas no IPCA divulgado sexta mudam tendência, e “comunicar no momento mais apropriado”.
Nos EUA, os rendimentos dos títulos de dez anos do Tesouro (GT10) atingiram 2,75%, o maior patamar desde março de 2019, pressionando os mercados de ações e de risco em geral. O Nasdaq 100 (NDX) chegou a cair mais de 2% no final da manhã em Nova York.
O petróleo recuava cerca de 3,6%, uma reação aos riscos da demanda provocados pelos lockdowns na China, bem como após afirmações de lideranças do Irã de que o acordo nuclear de 2015 se encontra na “sala de emergência”. Nos Estados Unidos, destaque para o anúncio de Elon Musk de que não irá se juntar ao conselho do Twitter. Após o anúncio, as ações da companhia caíram mais de 7% em Nova York.
Confira o desempenho dos mercados nesta segunda-feira (11):
- Por volta das 15h20 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava cerca de 0,8%, aos 117.431 pontos;
- O dólar à vista operava estável, a R$ 4,6973;
- Entre os juros futuros, o DI com vencimento em janeiro de 2023, que reflete a política monetária neste ano, subia de 12,96% para 13,12%, enquanto o DI para janeiro de 2025 passava de 11,77% para 11,95%;
- Nos EUA, o Dow Jones (INDU) caía 0,8%, o S&P 500 (SPX) tinha baixa de 1,1%, enquanto o Nasdaq 100 (NDX) recuava 1,9%;
O sentimento do mercado continua a ser moldado por um Fed agressivo, interrupções no mercado de commodities causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a perspectiva de uma desaceleração econômica. As restrições à covid na China ameaçam exacerbar os problemas da cadeia de suprimentos, alimentando ainda mais os riscos de inflação. Os investidores estão aguardando os balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre deste ano para restaurar a confiança nas perspectivas para as ações.
-- Atualizado às 15h22 com cotações mais recentes
Com informações da Bloomberg News
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