Bloomberg — Os bancos de investimento de Londres estão sofrendo para diminuir a disparidade salarial entre homens e mulheres, com as mulheres representando menos de um quinto dos maiores salários.
As executivas financeiras representavam, em média, apenas 15,5% do quartil superior de renda em uma amostra de 10 unidades de renda fixa no coração financeiro de Londres, segundo dados do governo levantados até 5 de abril de 2021. O número ficou só um pouco acima da média de 14,9% de 2020.
A proporção é pior que os 20,5% do setor financeiro como um todo, de acordo com análise da Bloomberg News de relatórios apresentados ao governo do Reino Unido. Esse é um lembrete de como os setores mais bem pagos das finanças continuam sendo particularmente dominados por homens.
O Morgan Stanley (MS) teve a menor proporção de mulheres no quartil mais alto: 10,9%. O Goldman Sachs (GS) teve a maior, com 22,4%. O quadro é complicado porque algumas empresas relatam dados separados para subsidiárias. O JPMorgan Securities, por exemplo, tinha 15,4% de mulheres na faixa salarial mais alta, em comparação com 30,2% no JPMorgan Europe.
A diferença é gritante mesmo quando se examina os salários médios nas 10 unidades - abordagem que elimina o impacto dos que ganham mais. Sob essa ótica, as funcionárias destes bancos ficaram com um déficit de ganho por hora trabalhada de 34%, contra 35% no ano anterior.
Em geral, houve uma diferença média de 44,1% entre os ganhos por hora masculinos e femininos, em comparação com 44,5% relatado no ano anterior. Isso significa que as mulheres ganharam cerca de 56 centavos de libra para cada libra paga aos homens.
O relatório de diferenças salariais entre homens e mulheres tornou-se obrigatório no Reino Unido em 2017 e ofereceu uma visão sobre até que ponto os ganhos das mulheres estão atrás dos homens. A defasagem quase não mudou nos cinco anos desde então.
Os dados também fornecem uma visão de como a pandemia pode ter prejudicado a igualdade salarial. Os lockdowns colocaram as mulheres e outros grupos sub-representados em maior risco de reveses na carreira e desemprego, em parte porque eram mais propensos a deixar seus empregos para cuidar de crianças.
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