OMS se prepara para possível ataque de armas químicas na Ucrânia

O diretor-geral da OMS para a Europa disse também que a organização está se preparando para um possível ataque nuclear ao país

OMS diz que é preciso "estar preparado para qualquer eventualidade”
Por Andy Hoffmann
07 de Abril, 2022 | 05:54 PM

Bloomberg — A Organização Mundial da Saúde (OMS) está se preparando para possíveis ataques químicos ou acidentes na guerra na Ucrânia, de acordo com o chefe europeu da agência de saúde.

“A OMS está considerando todos os cenários e fazendo contingências para diferentes situações que podem afligir o povo da Ucrânia, desde o tratamento contínuo de vítimas em massa até ataques químicos”, disse Hans Kluge, diretor-geral da OMS para a Europa, durante uma coletiva de imprensa em Lviv.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, ecoou as preocupações dos líderes europeus sobre o uso potencial de agentes químicos contra a população da Ucrânia, dizendo que há “preocupações reais” sobre um ataque. O uso de munições químicas é proibido por acordos internacionais. A Rússia diz que destruiu seus estoques de armas químicas em 2017 e negou que planejasse tais ataques.

A OMS também está trabalhando com a Agência Internacional de Energia Atômica na preparação para um possível ataque ou acidente nuclear, disse Kluge. “Temos que estar preparados para qualquer eventualidade”, disse.

A OMS está fornecendo treinamento a trabalhadores do país, orientações e suprimentos em caso de ataques químicos ou acidentes, disse Heather Papowitz, gerente de incidentes da OMS na Ucrânia.

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“A Ucrânia é um país industrializado”, disse ela. “Existem riscos químicos em todo o país.”

A OMS registrou 91 ataques a instalações de saúde na Ucrânia desde o início da invasão da Rússia, incluindo ataques a hospitais, clínicas e ambulâncias, disse Kluge, o que é considerado como violação dos direitos humanos.

Os profissionais de saúde na Ucrânia estão trabalhando “diante de um sofrimento humano inimaginável e de cenas de devastação total”, disse ele.

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A OMS entregou 185 toneladas de suprimentos médicos para a Ucrânia, que chegou a pelo menos meio milhão de pessoas. Outras 125 toneladas de itens essenciais também estão a caminho.

– Esta notícia foi traduzida por Melina Flynn, content producer da Bloomberg Línea.

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