Mercado Bitcoin planeja expansão para países da América Latina neste ano

Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, disse que a empresa deve entrar no México, Argentina, Peru, Chile e Colômbia ainda este ano

Entrada no México, Argentina, Peru, Chile e Colômbia ainda este ano
07 de Abril, 2022 | 07:07 PM

Bloomberg Línea — O Mercado Bitcoin pretende ir às compras e adquirir empresas do ecossistema de criptomoedas no México, Argentina, Chile, Peru e Colômbia. Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, disse, em entrevista durante o evento Founders Tech Summit, que a iniciativa vem para competir com empresas de cripto que estão atuando em diversos países.

”Queremos entrar por meio de aquisição, não queremos começar do zero. Assim a gente começa cumprindo a regulação de cada país. Por isso, as aquisições acabam sendo um caminho mais óbvio”.

PUBLICIDADE

Rabelo não confirmou, mas também não negou a suposta aquisição da holding que o Mercado Bitcoin faz parte, a 2TM, pela Coinbase. “Não temos nada para falar. A Coinbase é uma empresa de capital aberto nos Estados Unidos”, disse.

O Mercado Bitcoin fez seu primeiro processo de captação no ano passado, coliderado pela GP. A empresa chegou a estudar um processo de IPO em 2021, mas acabou optando por continuar fechada para receber US$ 200 milhões do SoftBank e se tornar um unicórnio de US$ 2,1 bilhões.

“Neste momento a gente tem todos os recursos que a gente precisa para cumprir os nossos próximos anos de planejamento. A gente não tem que fazer novas rodadas de captação”, afirmou o executivo.

PUBLICIDADE

No movimento inverso, de empresas estrangeiras que vêm para o Brasil, Rabelo disse que as empresas estrangeiras têm que se adequar às regras locais para operar no Brasil. “Vemos os grandes players sem pagar tributos, sem cumprir com a regulação da proteção de dados, sem cumprir regra de prevenção à lavagem de dinheiro. Binance e todas essas empresas internacionais não assumem responsabilidade de cumprir a regulamentação local. Isso é muito ruim para o próprio ecossistema, que acaba facilitando o surgimento de pirâmides e fraudes, que muitas vezes estão apoiadas nessas empresas”, disse.

Por meio de nota, a Binance disse que atua em permanente diálogo com as autoridades regulatórias locais e com total compromisso com o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo, o que inclui a regulação do segmento. A empresa ressaltou que o recente anúncio do processo de aquisição da Sim:paul, corretora brasileira autorizada pelo Banco Central e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) reforça isso.

(Atualizado para acrescentar posicionamento da Binance)

Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups