Ibovespa oscila e NY cai com possível liberação de reservas de petróleo dos EUA

Mercados repercutem decisão de Joe Biden para combater a inflação; impasse na Ucrânia segue no radar e dólar tem sessão de queda

Petróleo tinha queda de mais de 4% nesta quinta; WTI era negociado por volta dos US$ 102 o barril, enquanto o tipo Brent, a US$ 108
31 de Março, 2022 | 03:01 PM

Bloomberg Línea — Os mercados têm mais uma sessão de aversão ao risco nesta quinta-feira (31), último dia de março e do primeiro trimestre do ano. No Brasil, o Ibovespa (IBOV) opera entre perdas e ganhos, mas sustenta o patamar dos 120 mil pontos.

As atenções seguem voltadas para o impasse na Ucrânia e para a queda do petróleo, que recuava 4,6% após os Estados Unidos afirmarem que vão liberar cerca de um milhão de barris de petróleo por dia de suas reservas por seis meses, revertendo uma recuperação anterior dos preços antes de uma reunião de oferta da Opep +.

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  • O petróleo WTI era negociado por volta dos US$ 102 o barril, enquanto o tipo Brent era negociado a US$ 108

O gás natural europeu também cedia, após a Rússia afirmar que interromperia os contratos de gás se os compradores não pagarem em rublos.

Com isso, ações ligadas às commodities, como Petrorio (PRIO3), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) recuavam na Bolsa, com baixas de 3,07%, 1,7% e 2,2%, respectivamente, por volta das 15h (horário de Brasília).

Já os maiores ganhos eram liderados pela CVC Brasil (CVCB3), que subia 3,9%. No mês, os papéis já acumulam alta de 29,72% até ontem.

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Também subiam as ações de Sabesp (SBSP3) e BB Seguridade (BBSE3) , com ganhos de 3,5% e 2,3%.

Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira, por volta das 15h20 (horário de Brasília) (31):

  • O Ibovespa (IBOV) operava em leve queda 0,10%, aos 120.134 pontos;
  • O dólar à vista recuava 0,81%, negociado a R$ 4,73;
  • No mercado de juros futuros, o DI para 2025 recuava seis pontos-base, a 11,45%;
  • O Bitcoin (BTC) recuava 0,64%, aos US$ 46.976;

Quadro externo

Nos mercados internacionais, o movimento da maioria das bolsas era de queda nesta tarde em meio a ameaças de bancos centrais hawkish empenhados em conter a inflação descontrolada e diante da incerteza em relação ao fim da guerra na Ucrânia.

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Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuava, levando sua perda nos três meses para 3,7%a maior desde março de 2020. O rendimento do Tesouro de dois anos ficou estável após um aumento de 150 pontos-base, o maior desde 1984.

Já as taxas de dez anos caíram, estreitando o spread para prazos mais curtos, já que os investidores permanecem no limite com a ameaça de um Federal Reserve restritivo causar uma recessão.

  • Nos EUA, o Dow Jones recuava 0,66%, o S&P 500 tinha queda de 0,53%, enquanto o índice da Nasdaq cedia 0,61%;
  • Na Europa, o dia era de queda para as principais bolsas. As maiores baixas eram vistas no Dax, da Alemanha, que caía 1,31%, e no CAC-40, de Paris, que cedia 1,21%.

(Com informações da Bloomberg News)

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.