Bloomberg — O petróleo caiu após a Rússia dizer que está tomando medidas para “reduzir” o conflito na Ucrânia, ao mesmo tempo em que aventava a possibilidade de um encontro entre o presidente Vladimir Putin e seu colega ucraniano Volodymyr Zelenskiy.
Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) caíram até 7,1%, caindo abaixo de US$ 100 o barril - a mais recente de uma sequência de grandes oscilações no mercado de petróleo. Moscou disse que cortaria drasticamente as operações militares perto da capital ucraniana de Kiev, embora as tropas já estivessem no local há semanas.
O negociador-chefe da Rússia disse que há disposição de considerar uma reunião presidencial entre Putin e Zelenskiy. Kiev há muito busca negociações diretas, enquanto Moscou resiste a se comprometer com a participação de Putin.
“As esperanças estão aumentando de que as negociações entre a Rússia e a Ucrânia acabem obtendo alguns resultados”, disse Hans Van Cleef, economista sênior de energia do ABN Amro. “Ou, em outras palavras, que o suprimento de petróleo russo não será atingido com mais força do que a auto-sanção que vimos até agora.”
O petróleo teve fortes oscilações nas últimas semanas, o que tornou os investidores cautelosos com as negociações. Na segunda-feira, o WTI flutuou US$ 10 nas negociações intradiárias, enquanto as enormes oscilações de terça-feira são mais uma indicação dos problemas de liquidez que o mercado enfrenta atualmente. Trigo, alumínio e ouro também caíram com a notícia de uma retração parcial das forças da Rússia.
Os preços também foram pressionados na terça-feira com a China enfrentando seu maior surto de covid desde o início da pandemia. As últimas restrições em Xangai podem reduzir a demanda por petróleo em até 200 mil barris por dia durante a vigência das restrições, disse a consultora Rystad Energy em um relatório.
Ainda assim, o petróleo foi negociado em grande parte acima de US$ 100 o barril desde que Moscou invadiu a Ucrânia, com a preocupação de que o fornecimento de um dos maiores produtores do mundo será interrompido. As principais petrolíferas, incluindo Shell Plc e TotalEnergies SE, já anunciaram planos para eventualmente parar de negociar petróleo russo e o valor dos barris do país despencou.
--Com assistência de Yousef Gamal El-Din e Sharon Cho.
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