Wall Street sobe pelo 4º dia com avanço de negociações entre Rússia e Ucrânia

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Bloomberg — Os mercados de ações dos EUA tiveram um novo rali nesta terça-feira com otimismo em relação ao progresso nas negociações de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram, enquanto uma parte sensível da curva de juros teve uma inversão pela primeira vez desde 2019.

O S&P 500 (SPX) teve um rali amplo, com nove dos 11 dos principais grupos avançando. O Nasdaq 100 (NDX) subiu 1,7% com as ações da Apple (APPL) registrando ganhos pelo 11º dia seguido, na maior sequência de valorização desde 2003.

O petróleo West Texas Intermediate (WTI) apagou parte dos ganhos anteriores e passou a ser negociado perto de US$ 105 o barril em Nova York. O dólar e o ouro estenderam o movimento de baixa.

As perspectivas de reduzir a escalada da guerra na Ucrânia aumentaram a confiança dos investidores em relalção aos ativos de risco, já que a Rússia disse que estava tomando medidas para reduzir as operações militares e mantendo a possibilidade de um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskiy.

O sell-off dos títulos do Tesouro diminuiu, enquanto os títulos europeus caíram. A taxa de dois anos da Alemanha ficou positiva pela primeira vez desde 2014 e a taxa interbancária de três meses oferecida por dólares em Londres atingiu 1% pela primeira vez em quase dois anos.

As ações da Apple Inc. (APPL) subiram pelo 11º dia, rumo à mais longa sequência de ganhos desde 2003.

Os negociadores ucranianos disseram que há terreno suficiente nas negociações para realizar uma reunião entre Putin e Zelenskiy depois de encerrar as discussões na Turquia na terça-feira.

As ações globais subiram das mínimas alcançadas depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. Essa resiliência contrasta com um sell-off de títulos e inversão nas curvas de juros, que estão abalando a confiança na economia. Os investidores estão tentando analisar os desdobramentos da guerra, os custos elevados das commodities e a investida do Fed contra as pressões de preços.

A inversão da curva dos rendimentos dos Treasuries de dois anos em relação aos de dez é o mais recente movimento de uma série iniciado em outubro, quando os rendimentos de 20 anos superaram os de 30 anos.

O presidente do Fed Bank da Filadélfia, Patrick Harker, disse que espera uma série de aumentos de juros “deliberados e metódicos” este ano e que a redução nas participações do banco central em títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas começará em breve.

Na frente econômica, a confiança do consumidor dos EUA subiu em março, sugerindo que o crescimento do emprego compensou as preocupações dos americanos com a aceleração da inflação, de acordo com um relatório na terça-feira. Espera-se que os dados do governo de sexta-feira mostrem que a economia provavelmente adicionou cerca de meio milhão de empregos em março, com a taxa de desemprego caindo para 3,7%.

Alguns eventos importantes para assistir esta semana:

EUA: PIB, quarta-feira;
O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, falará na quarta-feira;
China: PMIs de manufatura e não manufatura, quinta-feira;
Reunião ministerial da OPEP e não-OPEP para discutir metas de produção, quinta-feira;
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, falará na quinta-feira;
EUA: Payroll, sexta-feira;

Alguns dos principais movimentos nos mercados:

Ações

O índice S&P 500 (SPX) terminou com alta de 1,2%;
O Nasdaq 100 (NDX) subiu 1,7%;
O índice Dow Jones Industrial Average (INDU) subiu 1%;
O MSCI World operava teve alta de 1,6%;

Moedas

O Bloomberg Dollar Spot Index (DXY) caiu 0,6%;
O iene japonês (JPY) subiu 0,8% para 122,87;
O euro (EUR) subiu 0,9% para US$ 1,1088;

Renda fixa

O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos recuou sete pontos básicos para 2,39%;
O rendimento de 10 anos da Alemanha subia cinco pontos básicos para 0,63%;
O rendimento de 10 anos do Reino Unido subia dois pontos básicos para 1,64%;