Bloomberg — O governador da Flórida, Ron DeSantis, criticou a Walt Disney (DIS) por suas críticas a um projeto de lei que ele assinou na segunda-feira (28) que limita a instrução sobre identidade de gênero e orientação sexual do jardim de infância até a terceira série.
“Este estado é governado pelos interesses do povo do estado da Flórida”, disse ele em entrevista coletiva. “Não se baseia nas demandas dos executivos corporativos da Califórnia. Eles não controlam este estado.”
Apelidada de projeto de lei “Don’t Say Gay”, ou “não diga gay”, pelos críticos, a medida recebeu ampla atenção nos EUA, com defensores dizendo que protege as crianças, enquanto os oponentes argumentam que pode prejudicá-las. A Disney, um dos maiores empregadores da Flórida por causa de seus parques temáticos lá, disse em comunicado na segunda-feira que o projeto “nunca deveria ter sido aprovado e nunca deveria ter sido assinado em lei”.
O presidente-executivo da Disney, Bob Chapek, enfrentou um alvoroço interno no início deste mês por causa de sua decisão inicial de se abster de tomar uma posição pública antes de dizer aos acionistas em 9 de março que se opunha à legislação. Chapek disse aos acionistas na reunião anual da empresa que conversou com DeSantis e que ele e alguns funcionários da empresa planejavam se reunir com o governador para discutir a legislação.
Essa reunião não aconteceu, disse Christina Pushaw, secretária de imprensa da DeSantis, em mensagem de texto na noite de segunda-feira. Ela disse que o governador só concordou em se reunir “se eles mantiverem a discussão em fatos sobre o que realmente está na legislação – não em falsas narrativas partidárias”.
A Disney, com sede em Burbank, Califórnia, disse que trabalharia para que o projeto de lei fosse revogado pela legislatura ou derrubado nos tribunais.
Declaração da The Walt Disney Company sobre a assinatura da legislação da Flórida
— Walt Disney Company (@WaltDisneyCo) 28 de março de 2022
“Se isso foi uma afronta, por que eles não falaram desde o início?” DeSantis disse na terça-feira. “Para eles dizerem que vão trabalhar ativamente para revogar proteções substantivas para os pais, como uma empresa que supostamente está comercializando seus serviços para pais com filhos pequenos. Acho que eles passaram dos limites.”
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